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terça-feira, 4 de março de 2014
segunda-feira, 3 de março de 2014
QUARTA FEIRA DE CINZAS
O início da Quaresma é marcado por um ritual singelo, mas de grande profundidade: a imposição das cinzas como sinal da verdadeira penitência do coração.
Como já temos considerado em ocasiões anteriores, a riquíssima liturgia da Igreja nos conduz sabiamente ao longo do ano, de maneira a tirarmos a cada momento um determinado proveito espiritual. E um dos períodos em que isso acontece com maior intensidade é no Tempo da Quaresma, "momento favorável" para a conversão (cf. II Cor 6, 2).
Ao receber as cinzas, ouviremos o convite à conversão que pode expressar-se numa fórmula dupla: "Convertei-vos e acreditai no evangelho", ou: "Recorda-te que és pó e em pó te hás-de tornar" |
Ao longo de suas seis semanas, a graça nos convida a uma sincera mudança de coração. O jejum, a oração e a esmola são sinais sensíveis da penitência com que nos preparamos para comemorar o acontecimento central da História da Salvação: a Ressurreição do Senhor, celebrada no Domingo de Páscoa.
Um rito único e tocante
A Quaresma inicia-se na Quarta-Feira de Cinzas. As leituras da Santa Missa desse dia foram escolhidas pela Igreja de modo a impostar os fiéis na perspectiva do tempo que começa. A profecia de Joel convoca o Povo Eleito à penitência como meio de atrair para si a misericórdia do Senhor (cf. Jl 2, 12-18). Após os versículos do Miserere, salmo penitencial por excelência (Sl 50), o Apóstolo nos convida à reconciliação com Deus (cf. II Cor 5, 20; 6, 2). E, já no Evangelho, Nosso Senhor nos ensina o verdadeiro sentido da oração, o jejum e esmola (cf. Mt 6, 1-6.16-18) que durante esse período vamos realizar.
Após a Liturgia da Palavra, os fiéis participam de um rito único e tocante. Cinzas são abençoadas pelo sacerdote e cada um dos presentes aproxima-se para recebê-las em forma de cruz sobre a testa, permanecendo o resto do dia com a marca de Cristo traçada sobre suas frontes. Qual a origem e o sentido deste cerimonial? É o que veremos a seguir.
As cinzas como sinal de penitência
Eloquente imagem da fragilidade humana e da futilidade dos bens deste mundo, as cinzas foram desde os mais antigos tempos sinal de luto e de dor, inclusive fora do âmbito do povo de Israel. Para este, elas simbolizavam a humilhação ou a penitência do homem diante de Deus. As páginas da História Sagrada estão cheias de episódios em que os israelitas se servem das cinzas para reconhecer o nada da natureza humana diante dos desígnios do Altíssimo, antes de pedir o auxílio da onipotência divina.
Assim, por exemplo, quando o ímpio Amã se dispunha a eliminar os judeus do império persa, Mardoqueu cobriu-se de cinza (cf. Est 4, 1), enquanto muitos outros israelitas "se deitavam sobre o saco e a cinza" (Est 4, 3). E, convencida pelo seu tio da necessidade de se apresentar diante do Rei Assuero para implorar-lhe a revogação do decreto, Ester passou três dias em jejum e oração e "cobriu a cabeça com cinzas" (Est 14, 2) a fim de pedir o auxílio de Deus antes de se encontrar com o tirano.
Casos análogos encontram-se em abundância nas páginas do Antigo Testamento. Daniel demanda a clemência de Deus para com Israel no exílio, "em jejum, cilício e cinza" (Dn 9, 3); Jó se retrata e se arrepende "no pó e na cinza" (Jó 42, 6); o rei de Nínive, um pagão, sensibilizado pela pregação do profeta Jonas que anunciava a destruição da cidade, "sentou-se sobre cinza" (Jn 3, 6) e fez penitência junto com todos os seus súditos, obtendo de Deus a abolição da pena contra eles decretada. E assim, muitos outros.
Já no Novo Testamento, é o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo quem indica o valor da cinza como elemento penitencial ao increpar Corozaim e Betsaida, dizendo que, "se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e a cinza" (Mt 11, 21).
Desde os primeiros tempos do Cristianismo
Desde os primeiros tempos da Era da Graça, os cristãos adotaram essa forma de manifestar a contrição e a dor, segundo é atestado por inúmeros documentos.1 E com o tempo, o uso da cinza foi incorporado ao rito penitencial público mediante o qual era administrado, no início da Quaresma, o Sacramento da Reconciliação.
Em Roma, por exemplo, consta que esse rito era celebrado, já no século VII, na Quarta-Feira anterior ao primeiro domingo da Quaresma. Nos casos de faltas graves e públicas, o confessor envolvia o penitente com uma veste ordinária de saco, que cobria de cinza, para depois expulsá- lo do templo com estas palavras: "Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris: age pænitentiam ut habeas vitam æternam - Lembra-te homem, que és pó e ao pó hás de voltar; faz penitência a fim de teres a vida eterna".
Logo após, o pecador partia para lugares afastados, mosteiros fora da cidade ou, em certos casos, a própria casa, onde deveria fazer penitência ao longo de toda a Quaresma, para ser readmitido na comunidade só na Quinta-Feira Santa.2
Com o passar do tempo foi crescendo o número de fiéis que se associava de forma espontânea a esses ritos de penitência, desejando, movidos pela devoção, receber as mesmas cinzas com que eram cobertos os pecadores arrependidos. E quando a progressiva suavização das formas de penitência pública e a evolução do Sacramento da Reconciliação rumo à sua forma atual fez desaparecer esta severa cerimônia disciplinar, o rito das cinzas, somado ao jejum mais rigoroso desse dia, mantiveram- se como manifestação penitencial do início da Quaresma.
Assim, já no século XI a imposição das cinzas, antigamente reservada para os pecadores públicos, tornar- se- á obrigatória para leigos e clérigos.3
A imposição das cinzas, hoje
A reforma litúrgica conciliar inseriu a cerimônia de imposição das cinzas no seio da Celebração Eucarística desse dia, embora, em caso de necessidade, possam ser administradas fora da Missa, durante uma Liturgia da Palavra.
Segundo um costume iniciado no século XII,4 a cinza imposta aos fiéis nesse dia é obtida pela combustão dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano precedente. Isto ressalta ainda mais a futilidade das glórias deste mundo, voláteis como a cinza que o vento leva e efêmeras como os louvores dados ao Salvador ao entrar em Jerusalém, logo mudados em gritos de condenação.
Quando nos aproximamos do sacerdote para receber as cinzas ele traça sobre nossa testa de forma bem visível o sinal da Redenção, pois não devemos ocultar diante o mundo a nossa Fé cristã, nem devemos sentir vergonha em reconhecer nossa necessidade de conversão. E, enquanto o ministro de Deus as impõe, proclama uma destas duas frases bíblicas: "Lembra-te, homem, que és pó e ao pó hás de voltar" (cf. Gn 3, 19) ou "Convertei- vos e crede no Evangelho" (Mc 1, 15).
Quando nos aproximamos para receber as cinzas o sacerdote traça sobre nossa testa o sinal da Redenção Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP, impõe as cinzas. Basílica de Nossa Senhora do Rosário |
A primeira lembra a caducidade da nossa natureza humana, tão bem simbolizada pelo pó e pela cinza, fim implacável de nossos corpos mortais. Com ela, a Liturgia eleva nossas vistas para a eternidade, fortalecendo- nos na "convicção de que nada neste mundo tem valor, a não ser o que tange a vida sobrenatural, e de que estamos aqui para entesourar valores eternos, e não aqueles que são comidos pela terra".5
A segunda realça a premente necessidade da verdadeira conversão, advertência que nos será repetida tantas vezes ao longo do período quaresmal.
Um sacramental de grande valor
A cerimônia de bênção e imposição das cinzas não deve ser vista apenas como uma bela manifestação de fé que deita suas raízes em antigos tempos. Muito além do seu valor simbólico e histórico, ela é um sacramental por cujo intermédio a Santa Igreja intercede ante seu Divino Esposo pelos fiéis que se acolhem a esta cerimônia e implora para eles graças de penitência e conversão.
Assim, quando ao abençoar as cinzas o sacerdote pede que Deus derrame sua bênção sobre os que vão recebê-las de forma que, "prosseguindo na observância da Quaresma, possam celebrar de coração purificado o mistério pascal"6 ou possamos "pela observância da Quaresma, obter o perdão dos pecados e viver uma vida nova",7 devemos ter certeza de que, ao receber sobre nossa fronte as cinzas tornadas sagradas, Deus fortalecerá com sua graça os nossos bons propósitos para esse período de penitência.
Com as cinzas, símbolo da morte, ao longo da caminhada quaresmal, morreremos ao pecado com Cristo, e, limpos de nossas faltas, ressuscitaremos com Ele, fortalecidos para a vida nova da graça, tão bem simbolizada pelas águas regeneradoras com as quais seremos aspergidos na Vigília Pascal.
Aproveitemos mais este poderoso auxílio que Deus coloca ao nosso alcance e não tenhamos medo de fazer propósitos ousados que nos levem a uma efetiva mudança de vida. Quanto nos deveríamos sentir estimulados, diante desta convicção, a fazer um cuidadoso exame de consciência com vistas a uma boa Confissão! Estando a Santa Igreja rezando por nós, não nos faltará o auxílio necessário para chegar ao glorioso dia da Ressurreição do Senhor com uma alma inteiramente limpa e renovada.
FONTE: (Revista Arautos do Evangelho, Fevereiro/2013, n. 134, p. 18 - 21)
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
ALGUNS MILAGRES DE SANTA CLARA DE ASSIS COM O SINAL DA CRUZ
CURA UM FRADE LOUCO
Conta a história que havia um frade que “padecia de fúria”, segundo expressão daquela época.
Por isso, São Francisco o enviou à Santa Clara para que fosse curado.
Ao recebê-lo no mosteiro de São Damião, a santa Madre, por ordem do Pai Francisco, marcou-o como sinal da Cruz, estando no lugar, dentro do mosteiro, onde sempre costumava rezar e o fez dormir um pouco.
Depois do sono, ele estava completamente curado e foi-se embora gozando de plena saúde.
TIRA UMA PEDRA DO NARIZ DE UM MENINO
Havia também um pequeno menino de três anos chamado Mateuzinho.
Ele tinha colocado uma pedrinha no nariz e já estava ficando sufocado. Ninguém conseguia socorrê-lo e nem tirar a pedra.
Então, os pais corrreram para levá-lo ao mosteiro, a fim de que Santa Clara o curasse.
Ela o marcou com o sinal da Cruz e na mesma hora a pedra foi expelida.
CURA O OLHO DE UM HOMEM
Um homem de Perúgia, Itália, tinha manchas em um de seus olhos. Por isso, dirigiu-se à santa para que ele a curasse.
Ao chegar, Clara lhe fez o sinal da Cruz e pediu que ele se dirigisse também à sua mãe Hortolona, que também já era clarissa ali no mesmo mosteiro, para que ela igualmente o assinalasse.
Hortolana obedeceu à sua filha e marcou o olho do enfermo. Imediatamente o olho ficou límpido.
Santa Clara afirmava que o mérito da cura era de sua mãe, mas a mãe dizia que era indigna de tal proeza e que o mérito era todo da bem-aventurada Clara.
LIBERTA DE VÁRIAS DOENÇAS
Em outra ocasião, conta-se que uma das Irmãs, chamada Amata, sofria já há treze meses de hidropisia, febre, tosse e dor do lado.
Por causa disto, jazia exausta. Com pena, Santa Clara fez o sinal da salvação na paciente e, com isso, a libertou de todos os seus sofrimentos.
VOZ RESTITUÍDA
Uma outra Irmã, tinha perdido a voz há dois anos e o seu estado era tão grave que já não se houvia sequer um som de sua voz enfraquecida.
Na dia da festa da Assunção da Virgem Maria, durante uma visão, ela teve a certeza de que a sua voz lhe seria restituída pelos méritos de Santa Clara.
Então, pacientemente aguardou que o dia amanhecesse e foi ao encontro da bondosa madre, pedindo que lhe assinalasse com o sinal da Cruz. Clara assim o fez. Assim que foi marcada, recuperou a voz.
AUDIÇÃO RESTITUÍDA
Uma outra Irmã, chamada Cristiana, tinha perdido a audição há bastante tempo. Tentou usar muitos remédios, mas foi em vão. Assim, a virgem Clara lhe fez o sinal da salvação em sua cabeça e o seu ouvido ficou curado
Fonte: http://rezairezairezai.blogspot.com.br/2011/08/alguns-milagres-de-santa-clara-de-assis.html
SACRAMENTO DA PENITÊNCIA
Dando continuidade às catequeses sobre os sacramentos, Francisco falou da Penitência
Na catequese desta quarta-feira, 19, Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre os sacramentos, desta vez concentrando-se no da Penitência.
Trata-se de um sacramento, segundo o Papa, que é um “autêntico tesouro, que às vezes se corre o risco de esquecer”. Francisco recordou que o perdão dos pecados não é fruto do esforço pessoal humano, mas é um dom do Espírito Santo que purifica o homem com a misericórdia e a graça do Pai.
“A Confissão que se realiza de forma pessoal e privada não deve nos fazer esquecer seu caráter eclesial. Não basta pedir perdão ao Senhor interiormente; é necessário confessar com humildade os próprios pecados diante do sacerdote, que representa Deus e a Igreja”, pontuou Francisco.
O Santo Padre convidou todos a se aproximarem do sacramento da Penitência e receber assim o abraço da infinita misericórdia de Deus, que está sempre disposto a acolher o ser humano.
Da Redação, com Rádio Vaticano em espanhol
A VELHICE
Um casal passa a lua de mel em uma linda
cidade.
Numa casa de espetáculos pornô o letreiro anuncia:
“HOJE, O FABULOSO PAULINHO”!!
Entram e o show começa com PAULINHO, 53 anos, numa
cama com um louraça, uma morenaça e uma ruivaça,
que ele traça,uma a uma ....
e depois repete.
As três mulheres, exaustas, deixam o palco,
enquanto PAULINHO agradece ao público, que de pé
aplaude efusivamente.
Sob o rufar de tambores, uma mesinha
com 3 nozes é colocada bem
no centro do cenário.
PAULINHO quebra as 3 nozes com o pênis, com
pancadas precisas.
O público vai à loucura e ele é ovacionado
por vários minutos !
Passados 25 anos, para recordar os velhos tempos, o
casal decide comemorar as bodas de prata na mesma
cidade.
Passeiam pelos mesmos lugares e, diante da mesma
casa vêem, surpresos, o cartaz:
“HOJE, O FABULOSO PAUL I N H O”.
Entram e no palco, quem está lá ?
O PAULINHO, agora com 78 anos, enrugadinho,
cabelos brancos, traçando 3 mulheres
com o mesmo pique.
Não dá pra acreditar ! ! !
Quando os tambores começam a rufar, é colocada no
centro do palco a mesma mesinha, agora com 3 cocos,
e ele os quebra com o pênis com a mesma precisão.
Boquiaberto, o casal vai ao camarim para
cumprimentar pessoalmente o fabuloso PAULINHO e,
curiosos, lhe perguntam o motivo da mudança
das nozes para cocos.
Meio sem graça, ele responde:
- A VELHICE É UMA MERDA !
A VISTA ESTÁ FRACA E
NÃO CONSIGO MAIS
ENXERGAR AS NOZES.
sábado, 25 de janeiro de 2014
Santa Clara - Oração
Clara, santa cheia de claridade,
Irmã de São Francisco de Assis,
Intercede pelos teus devotos
Que querem ser puros e transparentes.
Teu nome e teu ser
Exalam o perfume das coisas inteiras
E o frescor do que é novo e renovado.
Clareia os caminhos tortuosos
Daqueles que se embrenham
Na noite do próprio egoísmo
E nas trevas do isolamento.
Clara, irmã de São Francisco,
Coloca em nossos corações
A paixão pela simplicidade,
A sede pela pobreza,
A ânsia pela contemplação.
Te suplico, Irmã Lua,
Que junto ao Sol de Assis
No mesmo céu refulge,
Alcança-nos a graça que,
Confiantes vos pedimos.
Santa Clara, ilumina os passos
Daqueles que buscam a claridade!
Amém!
CONVERSÃO
DE SÃO PAULO
Grande é o
Senhor. Ele dirige os corações, como torrentes d’água. Se quer que pobres
pastores sejam os primeiros a prestar homenagens ao Menino Deus, convida-os
por vozes angélicas; se quer que reis de
terras longínquas venham adorar o Menino em Belém, chama-os e guia-os por uma
estrela maravilhosa; quando precisa de operários para a vinha, diz aos pobres
pescadores do lago Tiberíades: “Segui-me”; se quer dar um grande Apóstolo aos
gentios, despedaça o coração irrequieto do jovem Saulo e transforma-o em
coração dedicado discípulo de Cristo, a ponto de faze-lo exclamar: “Vivo,
porém, não eu, mas Cristo vive em mim !”
Saulo,
natural de Tarso, na Cilícia, filho da tribo de Benjamim e ao mesmo tempo
cidadão romano, possuía talentos
extraordinários, bons e nobres sentimentos, aliados a uma força de vontade
inquebrantável. No tempo em que Jesus Cristo pregava o Evangelho na Palestina,
Saulo, assentado aos pés do célebre Gamaliel, estudava as ciências dos Santos
Livros. Os belos talentos que possuía, sua aplicação e sobretudo seu zelo
ardente pela lei de Moisés e as
tradições do povo, chamaram a atenção dos fariseus.
O crescimento rápido da Igreja
de Jesus de Nazaré, o aumento espantoso do número dos discípulos de Cristo
crucificado fizeram com que no coração de Saulo se incendiasse um ódio mortal
aos cristãos, por ele considerados traidores da causa pátria. Qual lobo voraz,
tinha sede do sangue dos mesmos, e quando o primeiro mártir Santo Estevão
morreu, vítima do ódio dos fariseus, os algozes depositaram as vestes aos pés
de Saulo. Mas o jovem diácono vingou-se do jovem fariseu, alcançando-lhe a
conversão, pelas suas orações.
Apenas dois
anos depois da morte de Jesus, incitado constantemente pelo ódio dos fariseus,
Saulo foi ao Sumo Sacerdote, e pediu-lhe cartas para a sinagoga de Damasco, com
poderes para trazer presos para Jerusalém todos os partidários de Jesus, homens
e mulheres. Em caminho, já perto daquela
cidade, de repente lhe reluziu em torno uma luz, vinda do céu. Caiu por terra e
ouviu uma voz, que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues ?” Ele respondeu: “Quem sois vós, Senhor ?” O Senhor disse: “Eu sou Jesus, a quem
persegues”. Tremendo e todo assustado, disse: “Senhor, que quereis que eu faça
?” O Senhor respondeu-lhe: “Levanta-te e
entra na cidade, lá se te dirá o que tens que fazer”. Os homens do séqüito,
atônitos, ouviram a voz, mas não viam pessoa alguma. Saulo levantou-se, abriu
os olhos, mas estava cego. Tomaram-no pela mão e levaram-no para Damasco.
Passou três dias sem ver e não comeu nem bebeu. Havia em Damasco um discípulo,
chamado Ananias. O Senhor disse-lhe em visão: “Levanta-te e vai à Rua Direita;
procura na casa de Judas um homem de Tarso, chamado Saulo. Neste momento ele
ora” (e Saulo viu numa visão um homem, chamado Ananias, entrar e impor-lhe as mãos, para que recobrasse a vista).
Ananias respondeu: “Senhor, tenho ouvido falar muito desse homem e do mal que
fez aos santos em Jerusalém. Mesmo para cá ele trazia plenos poderes dos
Príncipes dos Sacerdotes para meter em ferros todos os que invocam vosso nome”.
O Senhor, porém, disse-lhe: “Vai, este homem é um instrumento de minha escolha,
para levar o meu nome às nações e aos reis, assim como aos filhos de Israel.
Vou ensinar-lhe a ele quanto tem de sofrer por meu nome”. Ananias foi. Chegando
à casa, impôs as mãos a Saulo e disse-lhe: “Paulo, meu irmão, o Senhor Jesus,
que te apareceu no caminho, manda-me para te restituir a vista, e encher-te do
Espírito Santo”. No mesmo instante, lhe caíram dos olhos como que escamas, e
pode ver. Levantou-se e fez-se batizar. Paulo ficou ainda alguns dias em
Damasco com os discípulos; e logo pregou nas sinagogas, que Jesus é Filho de
Deus.
Os ouvintes ficaram admirados e diziam: “Não
era ele, que em Jerusalém queria matar a todos que invocam o nome de Jesus ?
Não veio aqui com a determinação de levá-los amarrados aos Príncipes dos
Sacerdotes ?” No entanto, Paulo ganhava
de mais a mais, e levava a confusão no meio dos Judeus em Damasco, provando que
Jesus é o Messias.
Decorridos
alguns dias, os judeus deliberaram, em conselho, matá-lo. Estas intenções
chegaram ao conhecimento de Paulo. Os
judeus vigiavam as portas da cidade dia e noite, para que não escapasse. Mas os
discípulos, tomando-o de noite, fizeram-no descer pela muralha dentro de um
cesto.
Chegando a Jerusalém, Paulo procurou
achegar-se aos discípulos, mas estes o temiam, não acreditando na sua
conversão. Então Barnabé tomou-o e levou-o aos Apóstolos. Contou-lhes que o
Senhor tinha aparecido a Paulo em caminho, e falou-lhes da coragem com que
Paulo se tinha declarado, em Damasco, em favor do nome de Jesus. Desde então
Paulo ia e vinha com eles em Jerusalém, e falava com toda a liberdade no nome
do Senhor.
Paulo, dantes inimigo do nome de Cristo,
tornou-se-lhe o maior defensor. Outrora recebia cartas com ordens de destruir
as Igrejas e aprisionar os cristãos; depois, como Apóstolo, escreveu muitas
epístolas, para suma edificação dos fiéis, epístolas cheias de sabedoria e do
Espírito Santo. Conhecendo o mal que fizera, conhecendo a gravidade dos seus
pecados, empenhou toda a energia na propaganda da doutrina de Jesus Cristo.
Oito dias antes da festa da Cátedra de São
Pedro realizava-se em Roma a transladação das relíquias de São Paulo. Pouco a pouco caiu em esquecimento esta
solenidade e em seu lugar entrou, como festa própria a conversão do grande Apóstolo.
Reflexões:
Conversões como a de São Paulo há poucas.
De grande pecador que foi e inimigo
declarado de Cristo e de sua obra, por graça excepcional transformou-se em
Apóstolo da religião cristã; como tal trabalhou com uma dedicação admirável,
arrostou os maiores perigos e atrozes perseguições, das quais morreu vítima,
selando com o sangue a sua amizade a Cristo e a fé em sua divina palavra. Esta
conversão tão extraordinária põe em evidência a possibilidade da conversão do
maior pecador, e ensina-nos que para os pecados mais graves há perdão e não se
deve nunca desesperar da misericórdia divina, que é infinita. É preciso,
portanto, que a conversão dos pecadores seja sempre objeto das nossas súplicas,
diante do trono de Deus. Como a oração, o sacrifício, o martírio de Santo
Estevão alcançou para Saulo a conversão, assim a oração constante dos fiéis é
um fator eminente na história da conversão dos pecadores. Estes, por sua vez,
aprendam da conversão de São Paulo, que assim como este grande Apóstolo, depois
de ter sido tocado pela graça divina, obedeceu incondicionalmente às ordens de
Deus, apresentando-se ao sacerdote, assim também eles devem abrir o coração à
voz divina, romper os laços que os prendiam ao pecado, e começar uma vida santa
e agradável a Deus.
Fonte: http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/jan/conversaosaopaulo2501.htm
domingo, 5 de janeiro de 2014
Solenidade da Epifania do Senhor
A celebração da Epifania gira em torno da adoração à qual foi sujeito Jesus Cristo recém-nascido por parte de magos vindos do Oriente como símbolo do reconhecimento do mundo pagão de que Cristo é o salvador de toda a humanidade.
Segundo o Missal Popular Dominical da Igreja Católica, esta solenidade celebra-se no dia 6 de Janeiro ou no domingo entre os dias 2 e 8 de Janeiro onde a Epifania não é dia santo de guarda (feriado), como é o caso de Angola.
De acordo com a tradição da Igreja do século I, os magos que visitaram Jesus Cristo são como homens poderosos e sábios, possivelmente reis de nações ao leste do Mediterrâneo, homens que por sua cultura e espiritualidade cultivavam seu conhecimento do homem e da natureza esforçando-se especialmente para manter um contacto com Deus.
A passagem bíblica que faz referência a esta visita, diz que os magos vieram do Oriente e que como presente trouxeram incenso, ouro e mirra; a tradição dos primeiros séculos nos diz que foram três reis sábios: Belchior, Gaspar e Baltazar.
No século XII, São Beda, doutor da Igreja, descreveu o rosto dos três reis magos, assim: "O primeiro, diz, foi Belchior, velho, circunspecto, de barba e cabelos longos e grisalhos. O segundo tinha por nome Gaspar e era jovem, imberbe e louro. O terceiro, preto e totalmente barbado chamava-se Baltazar".
Até o ano de 474 d.C seus restos estiveram na Constantinopla, a capital cristã mais importante no Oriente; em seguida foram trasladados para a catedral de Milão (Itália) e em 1164 foram trasladados para a cidade de Colónia (Alemanha), onde permanecem até os nossos dias.
Com a celebração da festa do Dia dos Reis Magos (Epifania), encerram-se para os católicos os festejos natalícios - sendo o dia em que são desarmados os presépios (retábulos representando o nascimento de Jesus Cristo) e por conseguinte são retirados todos os enfeites natalícios.
Neste dia, em alguns países, como Espanha, é estimulada entre as crianças a tradição de se deixar sapatos na janela com capim (erva) antes de dormir para que os camelos dos Reis Magos possam se alimentar e retomar viagem. Em troca os Reis magos deixariam doces que as crianças encontram no lugar do capim após acordar.
A tradição também consiste em comer Bolo-Rei, no interior do qual se encontra uma fava e um brinde escondidos. A pessoa que encontra a fava deve "pagar" o Bolo-Rei no ano seguinte.
Na França (agora também noutros paises) come-se "Galette des rois" onde também encontram um brinde no seu interior, a galette também costuma trazer uma coroa, quem encontrar o brinde será rei e será coroado.
Em Portugal e também em outros paises as pessoas que moram em pequenas terras costumam ir cantar os reis de porta em porta, as pessoas dão-lhes doces, salgados etc.
No Brasil esta tradição é comemorada com festas onde são servidos doces e comidas típicas das regiões.
Há ainda festivais com Companhias de Reis (grupo de músicos e dançarinos) que cantam músicas referentes ao evento.
Em algumas dioceses de Angola oferecem-se presensentes às crianças, lembrando da generosidade que os três magos tiveram ao adorar o Menino Jesus e trazer-lhe presentes; Fazendo às crianças viver a fantasia do acontecimento e aos adultos como mostra de amor e fé a Cristo recém-nascido.
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