sábado, 25 de janeiro de 2014


Santa Clara - Oração

Clara, santa cheia de claridade, 
Irmã de São Francisco de Assis, 
Intercede pelos teus devotos 
Que querem ser puros e transparentes. 
Teu nome e teu ser 
Exalam o perfume das coisas inteiras 
E o frescor do que é novo e renovado. 
Clareia os caminhos tortuosos 
Daqueles que se embrenham 
Na noite do próprio egoísmo 
E nas trevas do isolamento. 
Clara, irmã de São Francisco, 
Coloca em nossos corações 
A paixão pela simplicidade, 
A sede pela pobreza, 
A ânsia pela contemplação. 
Te suplico, Irmã Lua, 
Que junto ao Sol de Assis 
No mesmo céu refulge, 
Alcança-nos a graça que, 
Confiantes vos pedimos. 
Santa Clara, ilumina os passos 
Daqueles que buscam a claridade! 
Amém!
CONVERSÃO DE SÃO PAULO

Grande é o Senhor. Ele dirige os corações, como torrentes d’água. Se quer que pobres pastores sejam os primeiros a prestar homenagens ao Menino Deus, convida-os por  vozes angélicas; se quer que reis de terras longínquas venham adorar o Menino em Belém, chama-os e guia-os por uma estrela maravilhosa; quando precisa de operários para a vinha, diz aos pobres pescadores do lago Tiberíades: “Segui-me”; se quer dar um grande Apóstolo aos gentios, despedaça o coração irrequieto do jovem Saulo e transforma-o em coração dedicado discípulo de Cristo, a ponto de faze-lo exclamar: “Vivo, porém, não eu, mas Cristo vive em mim !”
Saulo, natural de Tarso, na Cilícia, filho da tribo de Benjamim e ao mesmo tempo cidadão romano, possuía  talentos extraordinários, bons e nobres sentimentos, aliados a uma força de vontade inquebrantável. No tempo em que Jesus Cristo pregava o Evangelho na Palestina, Saulo, assentado aos pés do célebre Gamaliel, estudava as ciências dos Santos Livros. Os belos talentos que possuía, sua aplicação e sobretudo seu zelo ardente  pela lei de Moisés e as tradições do povo, chamaram a atenção dos fariseus.
                 O crescimento rápido da Igreja de Jesus de Nazaré, o aumento espantoso do número dos discípulos de Cristo crucificado fizeram com que no coração de Saulo se incendiasse um ódio mortal aos cristãos, por ele considerados traidores da causa pátria. Qual lobo voraz, tinha sede do sangue dos mesmos, e quando o primeiro mártir Santo Estevão morreu, vítima do ódio dos fariseus, os algozes depositaram as vestes aos pés de Saulo. Mas o jovem diácono vingou-se do jovem fariseu, alcançando-lhe a conversão, pelas suas orações.
Apenas dois anos depois da morte de Jesus, incitado constantemente pelo ódio dos fariseus, Saulo foi ao Sumo Sacerdote, e pediu-lhe cartas para a sinagoga de Damasco, com poderes para trazer presos para Jerusalém todos os partidários de Jesus, homens e mulheres. Em caminho, já  perto daquela cidade, de repente lhe reluziu em torno uma luz, vinda do céu. Caiu por terra e ouviu uma voz, que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues ?”  Ele respondeu: “Quem sois vós, Senhor ?”  O Senhor disse: “Eu sou Jesus, a quem persegues”. Tremendo e todo assustado, disse: “Senhor, que quereis que eu faça ?”  O Senhor respondeu-lhe: “Levanta-te e entra na cidade, lá se te dirá o que tens que fazer”. Os homens do séqüito, atônitos, ouviram a voz, mas não viam pessoa alguma. Saulo levantou-se, abriu os olhos, mas estava cego. Tomaram-no pela mão e levaram-no para Damasco. Passou três dias sem ver e não comeu nem bebeu. Havia em Damasco um discípulo, chamado Ananias. O Senhor disse-lhe em visão: “Levanta-te e vai à Rua Direita; procura na casa de Judas um homem de Tarso, chamado Saulo. Neste momento ele ora” (e Saulo viu numa visão um homem, chamado Ananias, entrar e impor-lhe  as mãos, para que recobrasse a vista). Ananias respondeu: “Senhor, tenho ouvido falar muito desse homem e do mal que fez aos santos em Jerusalém. Mesmo para cá ele trazia plenos poderes dos Príncipes dos Sacerdotes para meter em ferros todos os que invocam vosso nome”. O Senhor, porém, disse-lhe: “Vai, este homem é um instrumento de minha escolha, para levar o meu nome às nações e aos reis, assim como aos filhos de Israel. Vou ensinar-lhe a ele quanto tem de sofrer por meu nome”. Ananias foi. Chegando à casa, impôs as mãos a Saulo e disse-lhe: “Paulo, meu irmão, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho, manda-me para te restituir a vista, e encher-te do Espírito Santo”. No mesmo instante, lhe caíram dos olhos como que escamas, e pode ver. Levantou-se e fez-se batizar. Paulo ficou ainda alguns dias em Damasco com os discípulos; e logo pregou nas sinagogas, que Jesus é Filho de Deus.
        Os ouvintes ficaram admirados e diziam: “Não era ele, que em Jerusalém queria matar a todos que invocam o nome de Jesus ? Não veio aqui com a determinação de levá-los amarrados aos Príncipes dos Sacerdotes ?”  No entanto, Paulo ganhava de mais a mais, e levava a confusão no meio dos Judeus em Damasco, provando que Jesus é o Messias.
Decorridos alguns dias, os judeus deliberaram, em conselho, matá-lo. Estas intenções chegaram ao conhecimento de Paulo.  Os judeus vigiavam as portas da cidade dia e noite, para que não escapasse. Mas os discípulos, tomando-o de noite, fizeram-no descer pela muralha dentro de um cesto.
 Chegando a Jerusalém, Paulo procurou achegar-se aos discípulos, mas estes o temiam, não acreditando na sua conversão. Então Barnabé tomou-o e levou-o aos Apóstolos. Contou-lhes que o Senhor tinha aparecido a Paulo em caminho, e falou-lhes da coragem com que Paulo se tinha declarado, em Damasco, em favor do nome de Jesus. Desde então Paulo ia e vinha com eles em Jerusalém, e falava com toda a liberdade no nome do Senhor.
 Paulo, dantes inimigo do nome de Cristo, tornou-se-lhe o maior defensor. Outrora recebia cartas com ordens de destruir as Igrejas e aprisionar os cristãos; depois, como Apóstolo, escreveu muitas epístolas, para suma edificação dos fiéis, epístolas cheias de sabedoria e do Espírito Santo. Conhecendo o mal que fizera, conhecendo a gravidade dos seus pecados, empenhou toda a energia na propaganda da doutrina de Jesus Cristo.
  Oito dias antes da festa da Cátedra de São Pedro realizava-se em Roma a transladação das relíquias de São Paulo.  Pouco a pouco caiu em esquecimento esta solenidade e em seu lugar entrou, como festa própria a conversão do grande Apóstolo.

Reflexões:

                  Conversões como a de São Paulo há poucas. De  grande pecador que foi e inimigo declarado de Cristo e de sua obra, por graça excepcional transformou-se em Apóstolo da religião cristã; como tal trabalhou com uma dedicação admirável, arrostou os maiores perigos e atrozes perseguições, das quais morreu vítima, selando com o sangue a sua amizade a Cristo e a fé em sua divina palavra. Esta conversão tão extraordinária põe em evidência a possibilidade da conversão do maior pecador, e ensina-nos que para os pecados mais graves há perdão e não se deve nunca desesperar da misericórdia divina, que é infinita. É preciso, portanto, que a conversão dos pecadores seja sempre objeto das nossas súplicas, diante do trono de Deus. Como a oração, o sacrifício, o martírio de Santo Estevão alcançou para Saulo a conversão, assim a oração constante dos fiéis é um fator eminente na história da conversão dos pecadores. Estes, por sua vez, aprendam da conversão de São Paulo, que assim como este grande Apóstolo, depois de ter sido tocado pela graça divina, obedeceu incondicionalmente às ordens de Deus, apresentando-se ao sacerdote, assim também eles devem abrir o coração à voz divina, romper os laços que os prendiam ao pecado, e começar uma vida santa e agradável a Deus.

Fonte: http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/jan/conversaosaopaulo2501.htm

domingo, 5 de janeiro de 2014

Solenidade da Epifania do Senhor

A celebração da Epifania gira em torno da adoração à qual foi sujeito Jesus Cristo recém-nascido por parte de magos vindos do Oriente como símbolo do reconhecimento do mundo pagão de que Cristo é o salvador de toda a humanidade.
Segundo o Missal Popular Dominical da Igreja Católica, esta solenidade celebra-se no dia 6 de Janeiro ou no domingo entre os dias 2 e 8 de Janeiro onde a Epifania não é dia santo de guarda (feriado), como é o caso de Angola.

De acordo com a tradição da Igreja do século I, os magos que visitaram Jesus Cristo são como homens poderosos e sábios, possivelmente reis de nações ao leste do Mediterrâneo, homens que por sua cultura e espiritualidade cultivavam seu conhecimento do homem e da natureza esforçando-se especialmente para manter um contacto com Deus.

A passagem bíblica que faz referência a esta visita, diz que os magos vieram do Oriente e que como presente trouxeram incenso, ouro e mirra; a tradição dos primeiros séculos nos diz que foram três reis sábios: Belchior, Gaspar e Baltazar.

No século XII, São Beda, doutor da Igreja, descreveu o rosto dos três reis magos, assim: "O primeiro, diz, foi Belchior, velho, circunspecto, de barba e cabelos longos e grisalhos. O segundo tinha por nome Gaspar e era jovem, imberbe e louro. O terceiro, preto e totalmente barbado chamava-se Baltazar".

Até o ano de 474 d.C seus restos estiveram na Constantinopla, a capital cristã mais importante no Oriente; em seguida foram trasladados para a catedral de Milão (Itália) e em 1164 foram trasladados para a cidade de Colónia (Alemanha), onde permanecem até os nossos dias.

Com a celebração da festa do Dia dos Reis Magos (Epifania), encerram-se para os católicos os festejos natalícios - sendo o dia em que são desarmados os presépios (retábulos representando o nascimento de Jesus Cristo) e por conseguinte são retirados todos os enfeites natalícios.

Neste dia, em alguns países, como Espanha, é estimulada entre as crianças a tradição de se deixar sapatos na janela com capim (erva) antes de dormir para que os camelos dos Reis Magos possam se alimentar e retomar viagem. Em troca os Reis magos deixariam doces que as crianças encontram no lugar do capim após acordar.

A tradição também consiste em comer Bolo-Rei, no interior do qual se encontra uma fava e um brinde escondidos. A pessoa que encontra a fava deve "pagar" o Bolo-Rei no ano seguinte.

Na França (agora também noutros paises) come-se "Galette des rois" onde também encontram um brinde no seu interior, a galette também costuma trazer uma coroa, quem encontrar o brinde será rei e será coroado.

Em Portugal e também em outros paises as pessoas que moram em pequenas terras costumam ir cantar os reis de porta em porta, as pessoas dão-lhes doces, salgados etc.

No Brasil esta tradição é comemorada com festas onde são servidos doces e comidas típicas das regiões.

Há ainda festivais com Companhias de Reis (grupo de músicos e dançarinos) que cantam músicas referentes ao evento.

Em algumas dioceses de Angola oferecem-se presensentes às crianças, lembrando da generosidade que os três magos tiveram ao adorar o Menino Jesus e trazer-lhe presentes; Fazendo às crianças viver a fantasia do acontecimento e aos adultos como mostra de amor e fé a Cristo recém-nascido.

Fonte: http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/sociedade/2014/0/1/Igreja-Catolica-celebra-domingo-solenidade-Epifania-Senhor,43526393-55d4-4ae4-ab7d-ead5432a3e03.html