sexta-feira, 22 de novembro de 2013

                 História da Solenidade de Cristo Rei

Viva Cristo Rei!

Sabe-se que a Igreja encerra seu Ano Litúrgico com a Solenidade Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. No entanto, poucos se dão conta de que se trata de uma festa relativamente recente, pois só foi instituída em 1925, portanto há menos de cem anos.

Mas o que levou o papa Pio XI a dedicar a primeiríssima encíclica de seu pontificado à criação de uma festa de Cristo Rei? (cf. carta encíclica Quas primas, 11/12/1925).

No início do século XX, o mundo, que ainda estava se recuperando da Primeira Guerra Mundial, fora varrido por uma onda de secularismo e de ódio à Igreja, como nunca visto na história do Ocidente. O fascismo na Itália, o nazismo na Alemanha, o comunismo na Rússia, a revolução maçônica no México, anti-clericalismos e governos ditatoriais grassavam por toda parte.

É neste contexto que, sem medo de ser literalmente “politicamente incorreto”, o papa Pio XI institui uma festa litúrgica para celebrar uma verdade de nossa fé: mesmo em meio a ditaduras e perseguições à Igreja, Nosso Senhor Jesus Cristo continua a reinar, soberano, sobre toda a história da humanidade.

Recordar que Jesus é Rei do Universo foi um gesto de coragem do Santo Padre. Com as revoluções que se seguiram ao fim do primeiro conflito mundial, em 1917, o título de Cristo Rei tornara-se um tanto impopular. Se o Papa tivesse exaltado Jesus como profeta, mestre, curador de enfermos, servo humilde, vá lá! Qualquer outro título teria sido mais aceitável. Mas Cristo Rei?!…

Mesmo assim, nadando contra a correnteza e se opondo ao secularismo ateu e anti-clerical, o Vigário de Cristo na terra instituiu esta solenidade para nos recordar que todas as coisas culminam na plenitude do Cristo Senhor: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim de todas as coisas” (Ap 1, 8). É necessário reavivar a fé na restauração e na reparação universal realizadas em Cristo Jesus, Senhor da vida e da história.

Com esta solenidade o Papa Pio XI esperava algumas mudanças no cenário mundial:

Que as nações reconhecessem que a Igreja dever estar livre do poder do Estado (Quas primas, 32).
Que os líderes das nações reconhecessem o devido respeito e obediência a Nosso Senhor Jesus Cristo (Quas primas, 31).
Que os fieis, com a celebração litúrgica e espiritual desta solenidade, retomassem coragem e força e renovassem sua submissão a Nosso Senhor, fazendo com que ele reine em seus corações, suas mentes, suas vontades e seus corpos (Quas primas, 33).

Encerrar o Ano Litúrgico com a Solenidade de Cristo Rei é consagrar a Nosso Senhor o mundo inteiro, toda a nossa história e toda nossa vida. É entregar à sua infinita misericórdia um mundo onde reina o pecado.

Pilatos pergunta a Jesus se ele é rei. Nosso Salvador responde que seu Reino não é deste mundo. Ou seja, não é deste mundo “inventado” pelo homem e pelo pecado: o mundo da injustiça, da escravidão, da violência, do ódio, da morte e da dor. Ele é rei do Reino de seu Pai e, como rei-pastor, desde o alto da cruz, guia a sua Igreja em meio às tribulações.

Sabemos que o Reinado de Cristo não se realizará por um triunfo histórico da Igreja. É isto que nos recorda o Catecismo da Igreja Católica em seu número 677. Mesmo assim, no final, haverá sem dúvida uma vitória de Deus sobre o mal. Só que esta vitória acontecerá como acontecem todas as vitórias de Deus: através da morte e da ressurreição. A Igreja só entrará na glória do Reino se passar por uma derradeira Páscoa. A Esposa deve seguir o caminho do Esposo.


É assim que, nesta festa, o manto vermelho de Cristo assinala a realeza de Nosso Senhor, mas também nos recorda o sangue de tantos mártires Cristãos de nossa história recente. Foram fieis católicos que, ouvindo os apelos do Sucessor de Pedro, não tiveram medo de entregar suas próprias vidas e de morrer aos brados de “viva Cristo Rei!”

Fonte: Padre Paulo Ricardo de Azevedo 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

CNBB e Cáritas lançam Campanha de Solidariedade às Filipinas

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Após passagem do tufão Hayian, que atingiu mais de 10 milhões de pessoas, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira divulgam Campanha de Solidariedade às Filipinas. Em nota, a presidência da CNBB e a Cáritas fazem um apelo às comunidades para que participem da campanha.
“As ajudas provenientes das entidades católicas de várias partes do mundo, e também do Brasil, estão sob responsabilidade da Cáritas Internationalis, que conta com uma equipe de especialistas nos diversos locais atingidos, para ajudar nos trabalhos de socorro e recuperação das comunidades, em cada uma das 95 dioceses das Filipinas”, afirmam.
O relatório da Cáritas aponta as necessidades básicas e urgentes das famílias atingidas pelo tufão, como água potável, produtos de higiene e limpeza, alimentos e remédios.
A CNBB e a Cáritas Brasileira agradecem a generosidade das paróquias, pastorais, entidades católicas, colégios e de todas as pessoas que se mobilizam nesta ação de solidariedade.
Somando a essas iniciativas, no próximo domingo, 24, o papa Francisco presidirá missa de encerramento do Ano da Fé e oferecerá as coletas para ajudar as Filipinas, conforme anunciou o Vaticano, na segunda-feira, 18 de novembro.
Os depósitos para ajudar as Filipinas poderão ser efetuados nas contas da Cáritas: Banco do Brasil - Ag: 3475-4 - CC: 29368-7, Caixa Econômica Federal - Ag: 1041 - CC: 832-0 - Op. 003 e Bradesco - Ag: 0606 – CC: 66000-0.
Fonte: CNBB

segunda-feira, 18 de novembro de 2013


VATICANO, 18 Nov. 13 / 02:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras pronunciadas depois da oração do Ângelus de ontem na Praça de São Pedro, o Papa Francisco recomendou aos fiéis um "remédio", a "Misericordina", um remédio espiritual para manter os frutos do Ano da Fé que já termina.
Brincando, o Santo Padre disse: "Alguém pode perguntar: será que o Papa se tornou farmacêutico? Não, trata-se de um remédio espiritual para manter os frutos do Ano da Fé que termina agora".
"São 59 comprimidos que oferecem o amor, o perdão e a fraternidade".
"Não se esqueçam de tomá-lo!", disse, indicando que o "remédio espiritual" seria distribuído aos fiéis na Praça de São Pedro.
Dentro da caixa da Misericordina se encontra um Terço, uma imagem da Divina Misericórdia e um folheto explicando a posologia, como se administra este medicamento.
"Não se esqueçam de toma-lo, faz bem ao coração, à alma e para toda a vida", disse o Papa.

FONTE: acidigital
O Papa Francisco escreve a sua primeira exortação apostólica Evangelii Gaudium




Vaticano, 18 Nov. 13 / 03:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- O diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, anunciou nesta manhã que no próximo dia 24 de novembro, dia de encerramento do Ano da Fé, o Papa Francisco entregará ao povo de Deus a sua primeira Exortação Apostólica intitulada: Evangelii Gaudium (O Gozo do Evangelho, tradução livre).
O documento será apresentado à imprensa, no dia 26 na Sala João Paulo II do Vaticano, em uma conferência na qual participarão o Presidente do Conselho Pontifício para a promoção da Nova Evangelização, o Arcebispo Rino Fisichella; o Secretário Geral do Sínodo dos Bispos, Dom Lorenzo Baldisseri; e o Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli.
Em declarações ao grupo ACI nesta segunda-feira, Dom Fisichella explicou que o Papa Francisco fará a entrega do documento durante a Missa de clausura do Ano da Fé ao povo de Deus representado por "um Bispo, um sacerdote, um diácono, religiosos e religiosas, noviças, uma família, catequistas, artistas, jornalistas, jovens, idosos, doentes… quer dizer, de alguma maneira a entregará a todos aqueles que nos diversos momentos da vida, sendo cristãos, estão chamados a ser evangelizadores".
O Ano da Fé, explicou o Arcebispo Fisichella, converte-se assim "em um compromisso que a Igreja assume mais uma vez como um dever de levar o Evangelho a toda criatura".
Serão, no total, 36 pessoas de 18 países dos cinco continentes os que receberão a primeira exortação apostólica escrita pelo Papa Francisco.
O Vaticano anunciou que o Bispo, o sacerdote e o diácono aos que o Papa entregará a Exortação são oriundos da Letônia, Tanzânia e Austrália respectivamente.
Por outro lado, os artistas que representarão a arte católica e receberão a Exortação serão o arquiteto japonês Etsuro Sotoo, que se converteu enquanto trabalhava na Basílica da Sagrada Família de Barcelona, e a pintora polonesa Anna Gulak.
Neste grupo também haverá dois jornalistas, um é Joan Lewis, norte-americano do maior canal católico do mundo, EWTN.


ORAR SEMPRE,SEM DESANIMAR

Jesus, no Evangelho, disse uma palavra sobre a necessidade de orarmos sempre sem desanimar. Este é o segredo: rezar sempre sem desanimar. A oração é a "gasolina" da sua vida espiritual. Imagine um homem que tem seu carro e sai sem ver o combustível; uma hora o carro vai parar.

Uma frase de Santo Afonso Maria de Ligório diz que: "Quem reza se salva e quem não reza se condena". É importante a oração na nossa vida, da mesma forma que a água o é para o corpo. Um corpo não pode viver sem água, e uma alma não pode viver sem oração. 

Lá na Europa existe um tipo de loteria que sorteia milhões de euros. Na minha paróquia, eu já perguntei a alguns fiéis: "Se você tivesse que escolher entre receber Jesus na Eucaristia ou receber o prêmio da loteria, qual escolheria?" Algumas pessoas dizem: "É, padre, eu gostaria de receber as duas coisas" (risos).

Existem coisas para as quais nós não damos o devido valor. Se você precisasse fazer todo o sacrifício para receber Jesus na comunhão uma única vez, já valeria a pena.

Eu vi uma frase do monsenhor Jonas Abib da qual gostei muito: "Quem não adorar não vai aguentar". Isso é muito certo, porque o mundo está cada vez mais violento contra os filhos de Deus, e os cristãos já são o grupo religioso mais perseguido do mundo. Em muitos países ainda existe certa liberdade religiosa, mas a cultura já está começando a se tornar hostil à religião. Um padre amigo meu, dos Estados Unidos da América, relatou que há alguns anos as pessoas pediam a bênção a ele quando o encontravam, mas, hoje, ele me disse, com tristeza, que muitas delas cospem nele quando o veem. 

Sabe quais são os remédios mais vendidos em Portugal? Três tipos de antidepressivos, porque vivemos numa cultura que está banindo Deus de seu meio. A humanidade está virando as costas para Deus e agora sofre as consequências disso. Em Fátima, numa época em que não havia TV, não tinha cinema, não tinha internet, Nossa Senhora disse: "Muitas almas vão para o inferno". Imagine nos tempos de hoje.

Dizer que se iria faltar à Santa Missa do domingo era um absurdo naquela época, e hoje muitas pessoas vão à Missa na terça-feira para não irem aos domingos.

O tempo em que vivemos é de grande mentira, no qual se prega que o mal é um bem. "Tudo é bom", dizem, o homossexualismo, todas as religiões, o aborto, a eutanásia, etc., etc. Tudo isso faz parte de uma "catequese" do mundo.

São Paulo, na segunda Carta a Timóteo, fala dos tempos dolorosos:

"Nota bem o seguinte: nos últimos dias haverá um período difícil. Os homens se tornarão egoístas, avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados,desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons, traidores, insolentes, cegos de orgulho, amigos dos prazeres e não de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão a realidade. Dessa gente, afasta-te!" (II Tim 3, 1-5)

São Paulo nos dá uma fotografia dos tempos de hoje e ainda alerta: "Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer a perseguição" (II Tim 3, 12). Por isso se você não colocar a oração, como centro de sua vida, não vai aguentar esta perseguição do mundo.

Esta força para suportar as tribulações vem da constância na oração. Por essa razão me incomoda muito a vida dos primeiros cristãos, quando professar a fé em Jesus era algo ilegal, sem dizer a quantidade de ídolos dos quais estavam rodeados e, mesmo assim, não os adoravam. Quantos mártires foram produzidos nesse cenário! Diante disso perguntamos: temos coragem de dar a vida por Jesus como fizeram os primeiros cristãos?

No Império Romano eles obrigavam os cristãos a sacrificarem animais em nome do "deus imperador"; e os cristãos diziam: "Obedecemos você como autoridade civil, mas jamais como Deus. Se quiser me matar pode matar". Olhe que fé! 

Nós vivemos num mundo "fácil", onde até a religião é aquela que você mais gosta; é só ver a Nova Era, com a doutrina da reencarnação, as energias e tudo o mais... Estes venenos têm se espalhado pelo mundo rapidamente. Então recordamos que, neste mundo, diante deste contexto, quem não rezar não vai aguentar.

Jesus nos pede hoje que tomemos uma decisão: rezar todos os dias. Quem puder, procure ir à Missa todos os dias, reze o terço diariamente, procure um sacerdote e faça a confissão, estes são e sempre foram o segredo dos santos. Deus não vai permitir que se percam tantas almas, Ele vai dar uma "sacudida" no mundo, mas você não precisa esperar por isso, abra os olhos agora! 

A confusão vai aumentar ainda mais no mundo. Agora, na Inglaterra, estão colocando em prática uma lei que obriga todas as agências de adoção a entregarem crianças para casais homossexuais. O problema é que, na Inglaterra, a maioria das agências são católicas, e se elas não as entregarem para adoção desses casais estarão cometendo um crime. No Canadá um padre foi preso por pregar Romanos 2 na Santa Missa.

Onde estão os soldados de Cristo? Nós temos dois bilhões de cristãos que estão calados! Quem vai lutar pela Palavra do Senhor? Deus chama você! E se um dia você levar um tiro por defender a Palavra de Deus, glória a Deus! Você vai para o céu direto.

O inimigo de Deus está pegando muitas almas pelos pecados da carne. Jacinta [Três Pastorinhos] já dizia, há quase cem anos, antes de morrer, que os pecados mais graves são os da luxúria, os pecados de ordem sexual. O mundo hoje trata a sexualidade como um esporte. Os cristãos devem se levantar para uma "cruzada" a favor da pureza.

Padre Duarte Lara
Sacerdote português ministeriado em cura e libertação

FONTE: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/fe/375.htm
É preciso saber esperar 
Saber esperar não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível, com o passar do tempo pouco a pouco aprendemos a ter paciência e talvez não agora mas mais tarde descobrimos porque é necessário que seja assim...

É preciso saber esperar...! Principalmente quando as coisas estão mais difíceis, quando parecem não ter mais soluções. Pois muitas vezes a dor pela espera é necessária para o nosso crescimento.

A vida é como um bumerangue. Tudo o que fazemos terá sempre retorno. Por isso é sempre importante praticarmos o bem, fazermos boas coisas.

Quão maior for a dor, maior será o alívio de superá-la, e sentir o gosto da vitória. Não existe uma só folha que caia que não seja da vontade de Deus.

Sejamos fortes em todos os momentos. Principalmente nos mais difíceis... Pois só assim conheceremos a nossa própria força, só assim trabalharemos para o nosso próprio crescimento.

É preciso saber esperar! Com paciência! Com fé no coração!

Com a certeza. De que iremos vencer. Pois somos filhos do criador.

E um Pai jamais abandona seus filhos!

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

LITURGIA DOMINICAL 

DIA 17 DE NOVEMBRO 

XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO)

Antífona da entrada: Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes (Jr 29,11s.14).
Oração do dia
Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Malaquias 3,19-20)
Leitura da profecia de Malaquias.
3 19 Porque eis que vem o dia, ardente como uma fornalha. E todos os soberbos, todos os que cometem o mal serão como a palha; este dia que vai vir os queimará - diz o Senhor dos exércitos - e nada ficará: nem raiz, nem ramos.
20 Mas, sobre vós que temeis o meu nome, levantar-se-á o sol de justiça que traz a salvação em seus raios. Saireis e saltareis, livres como os bezerros ao saírem do estábulo.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 97/98
O Senhor virá julgar a terra inteira;
com justiça julgará.


Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa
e da cítara suave!
Aclamai, com os clarins e as trombetas,
ao Senhor, o nosso Rei!

Aplauda o mar com todo ser que nele vive,
o mundo inteiro e toda gente!
As montanhas e os rios batam palmas
e exultem de alegria.

Exultem na presença do Senhor, pois ele vem,
vem julgar a terra inteira.
Julgará o universo com justiça
e as nações com eqüidade.
Leitura (2 Tessalonicenses 3,7-12)
Leitura da segunda carta de são Paulo aos Tessalonicenses.
3 7 Irmãos, sabeis perfeitamente o que deveis fazer para nos imitar. Não temos vivido entre vós desregradamente, 8 nem temos comido de graça o pão de ninguém. Mas, com trabalho e fadiga, labutamos noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós. 9 Não porque não tivéssemos direito para isso, mas foi para vos oferecer em nós mesmos um exemplo a imitar. 10 Aliás, quando estávamos convosco, nós vos dizíamos formalmente: “Quem não quiser trabalhar, não tem o direito de comer”. 11Entretanto, soubemos que entre vós há alguns desordeiros, vadios, que só se preocupam em intrometer-se em assuntos alheios.12 A esses indivíduos ordenamos e exortamos a que se dediquem tranqüilamente ao trabalho para merecerem ganhar o que comer.
Palavra do Senhor.
Evangelho (Lucas 21,5-19)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
21 5 Como lhe chamassem a atenção para a construção do templo feito de belas pedras e recamado de ricos donativos, Jesus disse:
6 “Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído”.
7 Então o interrogaram: “Mestre, quando acontecerá isso? E que sinal haverá para saber-se que isso se vai cumprir?”
8 Jesus respondeu: “Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais após eles.
9 Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim”.
10 Disse-lhes também: “Levantar-se-ão nação contra nação e reino contra reino.
11 Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu.
12 Mas, antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença dos reis e dos governadores, por causa de mim.
13 Isto vos acontecerá para que vos sirva de testemunho.
14 Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa,
15 porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários.
16 Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós.
17 Sereis odiados por todos por causa do meu nome.
18 Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
19 É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A SALVAÇÃO PELA PERSEVERANÇA
Os discípulos de Jesus foram alertados contra os falsos alarmes de chegada do fim do mundo. O resultado disto era o medo, a insegurança e, de modo especial, o sentir-se bloqueado e desmotivado para fazer o bem. É perda de tempo dar ouvidos a quem se considera entendido nas coisas relativas ao fim do mundo, e quer se fazer de mestre dos outros.
As perseguições e dificuldades devem ser vistas pelos discípulos como ocasião para dar testemunho do Reino, sem a ilusão de que tudo acabará em breve. Por causa do nome de Jesus, eles seriam aprisionados, entregues às sinagogas judaicas, e levados diante de reis e governadores. Entre seus traidores estariam os seus próprios familiares e amigos. Seriam odiados, e muitos haveriam de sofrer morte violenta.
Em todas estas circunstâncias trágicas, os discípulos teriam a possibilidade de experimentar a proteção divina. Do Pai receberiam força para se defenderem diante dos tribunais, rebatendo as falsas acusações e testemunhando o nome de Jesus com denodo. E também, a força necessária para não se intimidarem e nem sucumbirem às investidas dos adversários.
Se forem capazes de perseverar, até o fim, no testemunho de Jesus, serão salvos. Desta forma, ficará patente sua adesão radical ao Reino e sua não compactuação com o mal e o pecado. Quem perseverar, experimentará a misericórdia salvífica do Pai.

Oração

Espírito de constância, vem em meu socorro nos momentos de provação e dificuldade, quando a perseverança se torna difícil, e a fidelidade, um desafio.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Concedei, Senhor nosso Deus, que a oferenda colocada sob o vosso olhar nos alcance a graça de vos servir e a recompensa de uma eternidade feliz. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Para mim só há um bem: é estar com Deus, é colocar o meu refúgio no Senhor (Sl 72,28).
Depois da comunhão
Tendo recebido em comunhão o Corpo e o Sangue do vosso Filho, concedei, Ó Deus, possa esta eucaristia, que ele mandou celebrar em sua memória, fazer-nos crescer em caridade. Por Cristo, nosso Senhor.

FONTE: http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php?data=2013-11-17

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Proclamação da República no Brasil
No calendário brasileiro é possível encontrar diversas datas festivas como, por exemplo, comemorações do fim de ano, carnaval, tradições juninas dentre outras épocas festivas. Além disso, no calendário brasileiro também é possível que encontremos uma grande quantidade de feriados e muitos deles são de extrema importância e muito simbólico para toda a nação.
Um dos feriados 2013 de bastante importância e muito tradicional no calendário é justamente oferiado de 15 de novembro que para nós brasileiros representa justamente a Proclamação da República. A Proclamação da República foi justamente o momento no qual o regime republicano foi introduzido no Brasil, dessa forma, o mesmo foi derrubando a monarquia e dessa forma dando fim ao reinado e soberania de Dom Pedro II, lembrando que o golpe foi justamente consumado em 15 de novembro de 1889, levando o Brasil a ser uma república.
Para quem não sabe a Proclamação da República ocorreu em 15 de novembro de 1889 ocorreu justamente na cidade do Rio de Janeiro, que na época era a então capital do Império. O golpe foi liderado por um grupo de militares no qual o seu líder era o marechal Deodoro da Fonseca. Com isso, a data de 15 de novembro é uma data especial e bastante simbólica para todos os brasileiros que é oferiado da Proclamação da República.
Muitas pessoas dão bastante atenção ao diversos feriados que temos no nosso calendário, seja para adquirir mais conhecimento ou qualquer outra finalidade. Um interessante bastante é justamente quanto ao fato se tal feriado irá se transformar em um feriadão. Para os interessados saibam que o 15 de novembro de 2013 será numa sexta-feira, ou seja, mais um feriado prolongado de 2013 que vai dar para viajar será o feriado da Proclamação da República 2013.

domingo, 3 de novembro de 2013

Purgatório
Que bela festa! É como se Todos os Santos e Finados fosse uma só festa. Dum lado,
a Igreja militante, sobre a terra, roga à Igreja triunfante do céu, e doutro
lado, roga pela Igreja sofredora e paciente do purgatório. E as três
Igrejas  são uma única Igreja.

» Que local misterioso é esse entre a terra e...
» A festa de Finados
» Purificação necessária para entrar no Céu      » Por que existe o Purgatório?
» A pena do Purgatório
» Disposição das almas no Purgatório       » Ajudemos as almas benditas
» Fontes documentais sobre o Purgatório
“A caridade, mais forte do que a morte, uniu-as do céu à terra, e da terra ao purgatório, e é pelo mesmo sacrifício que nósPurgatorio..jpgagradecemos a Deus, a glória com a qual cumula os santos do céu, e imploramos a misericórdia para os santos do purgatório, santos ainda não perfeitos.

A Igreja triunfante do céu, a Igreja militante da terra e a Igreja sofredora do purgatório, paciente, nada mais são que uma só emesma Igreja; que a caridade, mais forte que a morte as uniu do céu à terra, e da terra ao purgatório. São como três partes duma só e mesma procissão de santos, procissão que avança da terra ao céu.

As almas do purgatório participarão daquela procissão um dia. Sim, porque ainda não tem, bem brancas, as vestimentas de festa, a roupa nupcial ainda guarda nódoas, aquelas nódoas que somente o sofrimento limpa.

Então, como os contemporâneos de Noé, aqueles que não fizeram penitência senão no momento do dilúvio foram encerrados em prisões subterrâneas, até que Jesus Cristo lhes aparecesse, anunciando-lhes a libertação, quando de sua descida aos infernos.

Como os fiéis da Igreja triunfante, os fiéis da Igreja militante e os fiéis da Igreja sofredora e paciente, são membros dum mesmo corpo - que é Jesus Cristo - e tanto uns como outros participam, interessam-se, condoem-se da glória, dos perigos, dos sofrimentos duns e doutros, tal qual os membros do corpo humano. Vejamos um exemplo: o pé está em perigo de saúde ou sofre dores: todos os membros do corpo jazem em comoção. Os olhos olham-no, as mãos protegem-nos, a voz chama por socorro, para afastar o mal ou o perigo. Uma vez afastado o mal, regozijam-se todos os membros. É o que acontece com o corpo vivo da Igreja universal. E vemos os heróis da Igreja militante, os ilustres Macabeus, assistidos pelos anjos e santos de Deus, especialmente pelo grande sacerdote Onias e pelo profeta Jeremias, rogar e oferecer sacrifícios por esses irmãos que estavam mortos pela causa de Deus, mas culpados desta ou daquela falta.

No dia seguinte, depois duma vitória, Judas Macabeu e os seus surgiram para retirar os mortos e depositá-los no sepulcro dos antepassados e encontraram sobre as túnicas dos que estavam mortos coisas que haviam sido consagradas aos ídolos de Jamnia, que a lei proibia aos judeus tocar. Foi, pois, manifesto a todos que era por isso que haviam sido mortos. E todos louvaram o justo julgamento do Eterno, que descobre o que está escondido, e suplicaram-lhe que fosse esquecido o pecado cometido.

Judas exortou o povo a que se preservasse do pecado, tendo diante dos olhos o que viera pelo pecado dos que haviam sucumbido. E, depois de ter feito uma coleta, enviou a Jerusalém duas mil dracmas de prata, para que fosse oferecido um sacrifício pelo pecado dos mortos, agindo muito bem, pensando que estava na ressurreição. Porque se não tivesse esperança de que os que vinham de sucumbir ressuscitassem um dia, seria supérfluo e tolo rogar pelos mortos.

Judas, porém, considerava que uma grande misericórdia estava reservada aos que estão adormecidos na piedade. Santo e piedoso pensamento! Foi por isso que ofereceu um sacrifício de expiação pelos defuntos, para que fossem livres dos pecados. Tais são as palavras e reflexões da Escritura santa, segundo o texto grego, e as mesmas, mais ou menos, no latino.

Nosso Senhor mesmo adverte, bastante claramente, que há um purgatório, quando nos recomenda em São Mateus e São Lucas: "Conciliai-Vos com vossos inimigos (a lei de Deus e a consciência) enquanto estais em caminho para irdes ao príncipe, não seja que este inimigo vos entregue ao juiz, o juiz ao executor, e que sejais metido numa prisão. Em verdade vos digo, dela não saireis, enquanto não pagardes o último óbolo."

Segundo essas palavras, está bem claro que há uma prisão de Deus, onde se é arrojado por dívidas paraa com sua justiça, e donde não se sai - senão quando tudo estiver pago.

Nosso Senhor, em São Mateus, disse-nos ainda: "Todo pecado e blasfêmia será perdoado aos homens, porém, a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada, nem neste século nem no futuro". Onde se vê que os outros pecados podem ser perdoados neste século e no futuro, como o livro dos Macabeus diz expressamente dos pecados daqueles que estavam mortos pela causa de Deus.

Do mesmo modo, no sacrifício da missa, a santa Igreja de Deus lembra os santos que com Ele reinam no céu, a fim de lhes agradecer pela glória e nos recomendar à sua intercessão. Doutro lado, suplica a Deus que se lembre dos servidores e servidoras que nos precederam no outro mundo com a chancela da fé, dignando-se conceder-lhes a estadia no refrigério na luz e na paz.

Nossa Senhora do Purgatorio - Igreja de Sta Brigida - Montreal.jpg
 Maria, Mãe de Misericórdia, intercede por aquelas
almas, que estão à espera da liberação

Nossa Senhora do Purgatório , Igreja de
Sta. Brígida, Montreal
A crença do purgatório e a oração pelos mortos acham-se em todos os doutores da Igreja, bem como nos atos dos mártires, notadamente nos atos de São Perpétuo, escritos por ele mesmo.

Todos os santos rogaram pelos mortos. Santo Odilon, abade de Cluny, no século XI, tinha um zelo particular pelo que dizia respeito ao refrigério das almas do purgatório. Foi movido pela compaixão, pensando no sofrimento das almas do purgatório que, adiantando-se à Igreja, ordenou se rogasse pelas almas, tendo, destinado para isso um dia especial. Eis como Santo Odilon animou tal instituição, começando pelas terras que lhes estavam afetas ao sacerdócio. (...)

Quanto ao purgatório, nada de certo se sabe. Eis porém, o que se lê nas revelações de Santa Francisca de Roma, revelações que a Igreja autoriza a crer, sem, entretanto, a elas nos obrigar.

Numa visão, a santa foi conduzida do inferno ao purgatório, que, igualmente está dividido em três zonas ou esferas, uma sobre a outra. Ao entrar, Santa Francisca leu esta inscrição:

Aqui é o purgatório, lugar de esperança, onde se faz um intervalo. A zona inferior é toda de fogo, diferente do inferno, que é negro e tenebroso. Este do purgatório tem chamas grandes, muito grandes e vermelhas. E as almas. Ali, são iluminadas, interiormente, pela graça. Porque conhecem a verdade, assim como a determinação do tempo. Aqueles que tem pecado grave são enviados a este fogo pelos anjos, e aí ficam conforme a qualidade dos pecados que cometeram.

A santa dizia que, por cada pecado mortal não expiado, naquele fogo ficaria a alma por sete anos. Embora nessa zona ou esfera inferior as chamas do fogo envolvam todas as almas, atormentam, todavia, umas mais que as outras, segundo sejam mais graves ou mais leves os pecados.

Fora esse lugar do purgatório, à esquerda, ficam os demônios que fizeram com que aquelas almas cometessem os pecados que agora expiam. Censuram-nas, mas não lhes infligem quaisquer outros tormentos.

Pobres almas! Fá-las sofrer mais, muito mais, a visão desses demônios do que o próprio fogo que as envolve. E, com tal sofrimento, gritam e choram, sem que, neste mundo, consiga alguém fazer uma idéia. Fazem-no, contudo, humildemente, porque sabem que o merecem, que a justiça divina está com a razão. São gritos como que afetuosos, e que lhes trazem certa consolação. Não que sejam afastadas do fogo. Não, a misericórdia de Deus, tocada por aquela resignação, das almas sofredoras, lança-lhes um olhar favorável, olhar que lhes alivia o sofrimento e lhes deixa entrever a glória da bem-aventurança, para onde passarão.

Santa Francisca Romana viu um anjo glorioso conduzir aquele lugar a alma que lhe havia sido confiada, à guarda, e esperar do lado de fora, à direita. É que os sufrágios e as boas obras que os parentes, os amigos, ou quem quer que seja, lhes fazem especialmente por intenção da alma, movidos pela caridade, são apresentados, pelos anjos da guarda, à divina majestade. E os anjos, comunicando às almas o que por elas fazemos nós, aliviam-nas, alegram e confortam. Os sufrágios e as boas obras que fazem os amigos, por caridade, especialmente pelos amigos do purgatório, aproveita principalmente a quem os faz, por causa da caridade. E ganham as almas e ganhamos nós.

As orações, os sufrágios e as esmolas feitos caridosamente pelas almas que já estão na glória, e que já não necessitam, revertem às almas ainda necessitadas, aproveitando a nós também. E os sufrágios que se fazem às almas que jazem no inferno? Não os aproveita nem uma nem outra - nem as do inferno, nem as do purgatório, mas unicamente a quem os faz.

A zona ou região média do purgatório está dividida em três partes: a primeira, cheia duma neve excessivamente fria; a segunda, de pez fundido, misturado a azeite em ebulição; a terceira, de certos metais fundidos, como ouro e prata, transparentes. Trinta e oito anjos aí recebem as almas que não cometeram pecados tão graves que mereçam a região inferior. Recebem-nas e transportam-nas dum lugar a outro com grande caridade: não lhe são os anjos da guarda, mas outros que, para tal, foram obrigados pela divina misericórdia.

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 Santa Francisca Romana
Santa Francisca nada disse, ou não a autorizou a dizê-lo o superior, sobre a mais elevada região do purgatório.

Nos céus, os anjos fiéis tem sua hierarquia: três ordens e nove coros. As almas santas, que sobem da terra, ficam nos coros e nas ordens que Deus lhes indica, segundo os méritos. É uma festa para toda a milícia celeste, mais particularmente para o coro onde a alma santa deverá regozijar-se eternamente em Deus.

O que Santa Francisca viu na bondade de Deus a deixou profundamente impressionada, sem que pudesse falar da alegria que lhe ia no coração. Frequentemente, nos dias de festa, sobretudo depois da comunhão, quando meditava sobre o mistério do dia, o espírito, arrebatado ao céu, via o mesmo mistério celebrado pelos anjos e pelos santos.

Todas as visões que tinha, submetia-as Santa Francisca de Roma à Mãe, Santa Igreja. E, pela mesma mãe, a Igreja, foi Francisca canonizada, sem que nada de repreensível se achasse nas visões que tivera.

Nós, pois, vos saudamos, ó almas que vos purificais nas chamas do purgatório. Compartilhamos as vossas dores, os sofrimentos, principalmente daquela dor imensa e torturante de não poderdes ver a Deus. Ai de nós! Sem dúvida que há entre vós parentes nossos e amigos: sofrerão, talvez por nossa culpa. Quem dirá que não lhes demos, nesta ou naquela ocasião, motivos de pecar? Falta-lhes pouco tempo para que se tornem inteiramente puras. Que nos acontecerá, a nós que tão pouco velamos por nós mesmos? Almas santas e sofredoras, que Deus nos livre de vos esquecer jamais!

Todos os dias, à missa e às orações, lembrar-nos-emos de vós todas. Lembrai-vos, pois, também de nós. Lembrai-vos, principalmente, quando estiverdes no céu. Como lá vos desejamos ver! Como no céu desejamos ver-nos convosco! Assim seja.

Que local misterioso é esse entre a terra e o Céu, cujos "habitantes" pedem veementemente
nossa ajuda e também podem nos beneficiar?

 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para não suceder que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão. Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo" (Mt 5, 25-26).

Jesus estava falando aos Apóstolos a respeito das punições que esperam os pecadores após a morte. Antes se referira ao fogo da geena - o Inferno -, uma prisão perpétua, eterna. Mas aqui Ele fala de um cárcere do qual se poderá sair, desde que seja pago o débito, até o último centavo.

 Igreja de São Pedro - Sevilha - Espanha
Essa prisão temporária, um estado de purificação para os que morrem cristãmente sem terem atingido a perfeição, é o Purgatório. Lugar misterioso, mas onde reina a esperança e os gemidos de dor são entremeados por cânticos de amor a Deus.

Caro leitor, eis um assunto do qual se fala pouco, mas cujo conhecimento é vital para nós e para nossos entes queridos que já partiram desta vida. Convido-o a repassar comigo diversos aspectos desse importante tema.


A  festa de Finados

No dia 2 de novembro, a sagrada Liturgia se lembra de modo especial dos fiéis defuntos. Depois de ter celebrado - no dia anterior, festa de Todos os Santos - os triunfos de seus filhos que já alcançaram a glória do Céu, a Igreja dirige seu maternal desvelo para aqueles que sofrem no Purgatório e clamam com o salmista: "Tirai-me desta prisão, para que possa agradecer ao vosso nome. Os justos virão rodear-me, quando me tiverdes feito este benefício" (Sl 141, 8).

A gênese dessa celebração está na famosa abadia de Cluny, quando seu quinto Abade, Santo Odilon, instituiu no calendário litúrgico cluniacense a "Festa dos Mortos", dando especial oportunidade a seus monges de interceder pelos defuntos, ajudando-os a alcançarem a bemaventurança do Céu.

A partir de Cluny, essa comemoração foi-se estendendo entre os fiéis até ser incluída no Calendário Litúrgico da Igreja, tornando- se uma devoção habitual, em todo o mundo católico.

Talvez o leitor, como milhares de outros fiéis, tenha o costume de visitar o cemitério nesse dia, para recordar os familiares e amigos falecidos, e por eles orar. Muitos cristãos, porém, não prestam ouvidos aos apelos de seu coração, que os move a sentir saudades de seus entes queridos e a aliviálos com uma prece. Talvez por falta de cultura religiosa, ou por falta de alguém que as incentive ou oriente, muitas pessoas nem vêem a necessidade de rezar pelas almas dos falecidos. A inúmeras outras, a existência do Purgatório causa estranheza e antipatia.

Seja como for, tanto por amor às almas que esperam ver-se livres de suas manchas para entrarem no Paraíso, quanto para estimular em nós a caridade para com esses irmãos necessitados, como também para nosso próprio proveito, vejamos o "porquê" e o "para quê" da existência do Purgatório.


Purificação necessária para entrar no Céu

Sabemos que a Igreja Católica é una. É o que rezamos no Credo. Entretanto, os membros da Igreja não estão todos aqui, entre nós, mas em lugares diversos, como diz o Concílio Vaticano II. Alguns "peregrinam sobre a terra, outros, passada esta vida, são purificados, outros, finalmente, são glorificados" (Lumen Gentium, 49).

Entre a terra e o Céu não é raro acontecer, no itinerário da alma fiel, um estágio intermediário de purificação. Segundo nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, por aí passam "os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão perfeitamente purificados".

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 As almas nesse estado "purificam-se", diz São Francisco
de Sales, "voluntariamente, amorosamente, porque
assim Deus o quer"  e " porque estão certas de 
sua salvação, com  uma esperança
inigualável".
Por isso "passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu" (nº 1030). Esse estado de purificação nada tem a ver com o castigo dos condenados ao Inferno, pois as almas do Purgatório têm a certeza de haver conquistado o Céu, mesmo que sua entrada ali tenha sido adiada por causa de seus resíduos de pecado.

A primeira epístola aos Coríntios faz referência ao exame a que serão submetidos os cristãos, os quais, havendo recebido a Fé, devem continuar em si a obra de sua santificação. Cada um será examinado no respeitante ao grau de perfeição que atingiu: "Se alguém edifica sobre este fundamento, com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá.

O dia (do julgamento) demonstrá- lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo" (1Cor 3, 12-15). "Ele será salvo", diz o Apóstolo, excluindo o fogo do Inferno, no qual ninguém pode ser salvo, e se referindo ao fogo temporário do Purgatório.

Comentando este e outros trechos da Sagrada Escritura, a Tradição da Igreja nos fala do fogo destinado a limpar a alma, como explica São Gregório Magno em seus Diálogos: "Com relação a certas faltas leves, é necessário crer que, antes do Juízo, existe um fogo purificador, como afirma Aquele que é a Verdade, ao dizer que, se alguém pronunciou uma blasfêmia contra o Espírito Santo, essa pessoa não será perdoada nem neste século nem no futuro (Mt 12, 31). Por essa frase, podemos entender que algumas faltas podem ser perdoadas neste século, mas outras no século futuro".


Por que existe o Purgatório?

Será Deus tão rigoroso a ponto de não tolerar nem mesmo a menor imperfeição, limpando-a com penas severas? Esta pergunta facilmente pode nos vir à mente.

Em primeiro lugar, devemos nos lembrar desta verdade: depois de nossa morte, não seremos julgados segundo nossos próprios critérios, pois "o que o homem vê não é o que importa: o homem vê a face, mas o Senhor olha o coração" (1Sm 16, 7). Estaremos diante de um Juiz sumamente santo e perfeito, e em seu Reino "não entrará nada de profano" (Ap 21, 27). Com efeito, na presença de Deus, de sua Luz puríssima, a alma percebe em si mesma qualquer pequeno defeito, julgando- se, ela mesma, indigna de tal majestade e grandeza. Santa Catarina de Gênova, grande mística do século XV, deixou uma obra muito profunda sobre a realidade do Purgatório e do Inferno.

Explica ela o seguinte: "Digo mais: no concernente a Deus, vejo que o Paraíso não tem portas e ali pode entrar quem quiser, pois Deus é todo misericórdia e seus braços estão sempre abertos para nos receber na glória; mas a divina Essência é tão pura - infinitamente mais pura do que podemos imaginar - que a alma, vendo nela mesma a menor das imperfeições, prefere atirar-se em mil infernos a aparecer suja na presença da divina Majestade. Sabendo então que o Purgatório está criado para a purificar, ele mesma se joga nele e encontra ali grande misericórdia: a destruição de suas faltas".

Essas manchas, a serem purificadas na outra vida, o que são? São os restos de apego exagerado às criaturas, ou seja, as imperfeições, e os pecados veniais, bem como a dívida temporal dos pecados mortais já perdoados no Sacramento da Reconciliação. Tudo isso diminui na alma o amor de Deus.

Por causa dessas afeições desregradas se estabelece um estado de desordem em nosso interior, afastando- nos do Mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas. Essa é a causa pela qual, antes de permitir a uma alma subir até a glória celestial, "a justiça de Deus exige uma pena proporcional que restabeleça a ordem perturbada" (Suma Teológica, Supl. q. 71, a. 1) E a alma se sujeita ao castigo do Purgatório com alegria, em plena conformidade com a vontade do Senhor.

Nossa Senhora_almas-do-purgatorio_.jpg
 "Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do
inferno". Não obstante, para beneficiar-se deste
privilégio, é preciso usar o Escapulário com
reta intenção.
Seu único desejo é ver-se limpa, para poder configurar-se com Cristo. As almas nesse estado "purificam-se", diz São Francisco de Sales, "voluntariamente, amorosamente, porque assim Deus o quer" e "porque estão certas de sua salvação, com uma esperança inigualável".


A pena do Purgatório

As dores infligidas nesse local de purificação são "tão intensas que a menor pena do Purgatório ultrapassa a maior desta vida" (Suma Teológica, Supl., q. 71, a. 2). Mesmo assim, pondera São Francisco de Sales, "o Purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, pois as chamas nele existentes são chamas de amor".

Mas como entender que esse terrível sofrimento seja transpassado de amor? Na verdade, o maior tormento das almas do Purgatório - a "pena de dano" - é causado precisamente pelo amor. Essa pena consiste no adiamento da visão de Deus. Criado para amar e ser amado, o homem, ao abandonar esta terra, descobre a inefável beleza da Luz Divina e deseja correr para Ela com todas as suas forças, como o cervo sedento corre em direção à fonte das águas. Contudo, vendo em si o defeito do pecado, fica privado temporariamente daquela presença tão pura. Afastada, assim, d'Aquele que é a suprema e única felicidade, a alma sente um padecimento incalculável.

Para nós, que ainda somos peregrinos neste vale de lágrimas, é difícil entender a imensidade dessa dor. Vivemos sem ver a Deus, embora n'Ele creiamos. Somos como cegos de nascimento, pois nunca vimos o Sol de Justiça, que é Deus; embora sintamos seu calor, não podemos fazer idéia de seu resplendor e grandeza.

Entretanto, as almas benditas do Purgatório, logo após terem abandonado o corpo inerte, discerniram a inefável e puríssima beleza de Deus, mas não podem possuí-la imediatamente. Santa Catarina de Gênova usa uma expressiva metáfora para explicar essa dor: "Suponhamos que, no mundo inteiro, exista apenas um pão para matar a fome de todas as criaturas, e que basta olhar para esse pão para ficarem satisfeitas. Por sua natureza, o homem saudável tem o instinto de se alimentar.

Imaginemos que ele seja capaz de se abster dos alimentos sem morrer, sem perder a força e a saúde, mas aumentando cada vez mais a fome. Ora, sabendo que só aquele pão pode saciá-lo e que não poderá matar sua fome enquanto não o alcançar, ele sofre sacrifícios insuportáveis, os quais serão tanto maiores quanto mais longe ele estiver do pão".

Apesar de tudo, as almas do Purgatório têm a certeza de que um dia poderão se saciar de modo pleno com esse Pão da Vida, que é Jesus, nosso amor. E por isso seu sofrimento é em tudo diferente do tormento dos condenados ao Inferno, os quais nunca poderão se aproximar da Mesa do Reino dos Céus. Esperança e desespero, eis a diferença fundamental entre esses dois lugares.


Disposição das almas no Purgatório

Por isso, há nas almas do Purgatório um matiz de alegria no meio da dor. De forma brilhante, explica- o o Papa João Paulo II, na alocução de 3 de julho de 1991: "Mesmo que a alma tenha de sujeitar-se, naquela passagem para o Céu, à purificação das últimas escórias, mediante o Purgatório, ela já está cheia de luz, de certeza, de alegria, pois sabe que pertence para sempre ao seu Deus".

E Santa Catarina de Gênova afirma: "Estou certa de que em nenhum outro lugar, excetuando o Céu, o espírito pode achar uma paz semelhante à das almas do Purgatório". Isso ocorre porque a alma se fixa na disposição em que se encontra na hora da morte, ou seja, contra ou a favor de Deus, pois a liberdade humana termina com a morte. E tendo falecido na amizade de Deus, a alma do Purgatório se adapta com docilidade à sua santa vontade. Daí conservar a paz em meio a terríveis sofrimentos.

Dos lábios do suavíssimo São Francisco de Sales ouvimos dizer que "entre o último suspiro e a eternidade, há um abismo de misericórdia". Todos acham melhor fazer um esforço para evitá-lo. Outros, porém, sem se oporem aos anteriores, enfrentam o problema com uma ousada confiança no amor misericordioso do Senhor.

Santa Teresa de Jesus, por exemplo, diz com veemência: "Esforcemo- nos, fazendo penitência nesta vida. Como será suave a morte de quem a tiver feito por todos os seus pecados, e assim não precisar ir para o Purgatório!" Já sua discípula, Santa Teresinha do Menino Jesus, formula de modo surpreendente sua atitude, se nele caísse: "Se eu for para o Purgatório, ficarei muito contente; farei como os três hebreus na fornalha, caminharei entre as chamas cantando o cântico do amor".

Uma atitude não contradiz a outra, mas ambas se completam, e, mesmo se tivermos de passar por esse lugar tão doloroso, tenhamos uma confiança sem limites na bondade divina.

 "Mesmo que a alma tenha de sujeitar-se, naquela
passagem para o Céu, à purificação das últimas
escórias, mediante o Purgatório, ela já está
cheia de luz, de certeza, de alegria, pois
sabe que pertence para  sempre ao
seu Deus". (Beato João Paulo II)
De qualquer modo, a Santa Igreja coloca maternalmente à nossa disposição as indulgências, para nos poupar das penas do Purgatório. Mas este tema pode ficar para outro artigo.


Ajudemos as almas benditas

Não devemos pensar só no nosso destino pessoal, mas também nos perguntarmos como podemos ajudar aquelas almas que já estão à espera da libertação. Elas não podem fazer nada por si, pois estão impossibilitadas de alcançar méritos, e dependem de nós. Interceder por elas é uma belíssima e valiosa obra de misericórdia: de certo modo, não há ninguém mais carente do que elas. O costume de rezar pelas almas dos falecidos vem do Antigo Testamento.

Também diversos Padres da Igreja promoveram essa prática, como São Cirilo de Jerusalém, São Gregório de Nissa, Santo Ambrósio e Santo Agostinho. No século XIII, o Concílio de Lyon ensinava: "As almas são beneficiadas pelos sufrágios dos fiéis vivos, quer dizer, o sacrifício da Missa, as orações, esmolas e outras obras de piedade, as quais, segundo as leis da Igreja, os fiéis estão acostumados a oferecer uns pelos outros".

Como é bela a devoção às benditas almas do Purgatório! É agradável a Deus e nos beneficia também, levando-nos à verdadeira dimensão cristã da existência, fazendo-nos viver em contato e comunhão com o sobrenatural, e com o futuro, no sentido mais pleno da palavra. Como essas pobres almas nos ficarão agradecidas ao receber nosso auxílio! Poderão ser nossos parentes, ou até mesmo nossos pais. Poderá ser alguém que não conhecemos, e que nos dará uma afetuosa acolhida na eternidade. No Céu, e enquanto ainda estiverem no Purgatório, elas rezarão por nós, com todo o empenho, pois Deus lhes dá essa possibilidade.

Concluindo, gostaria de fazer ao prezado leitor uma proposta: reze por essas almas necessitadas, ofereça- lhes Missas, dê esmolas por elas, faça sacrifícios e consiga que outras pessoas se tornem devotas fervorosas das almas benditas. Sabe quem será o maior beneficiado? Você mesmo!


Fontes documentais sobre o Purgatório

A doutrina católica sobre o Purgatório foi definida em especial no Concílio de Florença (1438-1445) e no de Trento (1545-1563), com base em textos da Escritura (2Mc 12,42-46; 1Cor 3,13-15) e da Tradição, conforme nos ensina o Catecismo da Igreja Católica (n.1030-1031).

A Constituição Dogmática Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II, aborda a questão em seu número 50: "Orações pelos defuntos, culto dos santos". Em sua solene profissão de fé intitulada Credo do Povo de Deus, feita em 30 de junho de 1968, o Papa Paulo VI inclui as almas "que se devem ainda purificar no fogo do Purgatório" (n. 28).

O Papa João Paulo II refere- se ao Purgatório em vários documentos: - Mensagem ao Cardeal Penitenciário-Mor de Roma, 20/3/98; - Carta ao Bispo de Autum, Châlon e Mâcon, Abade de Cluny, 2/6/98; - Audiência Geral de 22/7/98; - Audiência Geral de 4/8/99; - Mensagem à Superiora Geral do Instituto das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora do Sufrágio, 2/9/2002.

Indulgência plenária no dia de finados

- Pode-se aplicar só para as almas do purgatório:

No dia 2 de novembro, quando a Igreja comemora o dia de finados, os fiéis católicos que visitarem piedosamente uma igreja ou um oratório podem aplicar indulgência plenária às almas do purgatório.

A indulgência poderá ser conseguida no próprio dia de finados ou, ou com o consentimento do Bispo, no domingo anterior ou posterior, ou na solenidade de Todos os Santos. Esta indulgência está incluída na Constituição apostólica Indulgencia doctrina, na norma número 15.

Para se obter qualquer indulgência plenária são necessárias algumas condições: rezar um Pai Nosso, um credo, uma ave-maria e um Glória pelas intenções do Santo Padre. Além dessas orações pelo Sumo Pontífice, deve ser feita ainda uma confissão sacramental e a comunhão eucarística.

Com uma só confissão sacramental, podem-se ganhar várias indulgências plenárias. Com cada comunhão eucarística e cada oração pelas intenções do Sumo Pontífice pode-se obter uma indulgência plenária.

As três condições podem ser cumpridas alguns dias antes ou depois da execução da obra prescrita: mas convém que a comunhão e a oração pelas intenções do Sumo Pontífice se realizem no mesmo dia em que se cumpre a obra.  O fiel poderá acrescentar em suas orações qualquer outra fórmula, segundo sua piedade e devoção.

Fonte:
Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XVIII, p.111 à 118 e 129 à 137

Revista Arautos do Evangelho, Nov/2006, n. 59, p. 34 a 37
Fo
Domingo, 3 de Novembro de 2013.
Santo do dia: Solenidade de Todos os Santos; São Martinho de Porres, religioso; Beata Alpáide, virgemCor litúrgica: branco
Evangelho do dia: São Mateus 5, 1-12
Primeira leitura: Apocalipse 7, 2-4.9-14
Leitura do livro do Apocalipse de São João:

EVANGELHO DOMINICAL 03/11/2013

Eu, João, 2vi um outro anjo, que subia do lado onde nasce o sol. Ele trazia a marca do Deus vivo e gritava, em alta voz, aos quatro anjos que tinham recebido o poder de danificar a terra e o mar, dizendo-lhes: 3"Não façais mal à terra, nem ao mar nem às arvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus". 4Ouvi então o número dos que tinham sido marcados: eram cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel. 9Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. 10Todos proclamavam com voz forte: "A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro". 11Todos os anjos estavam de pé, em volta do trono e dos Anciãos e dos quatro Seres vivos e prostravam-se, com o rosto por terra, diante do trono. E adoravam a Deus, dizendo: 12"Amém. O louvor, a glória e a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém" 13E um dos Anciãos falou comigo e perguntou: "Quem são esses vestidos com roupas brancas? De onde vieram?" 14Eu respondi: "Tu é que sabes, meu senhor". E então ele me disse: "Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro".

- Palavra do Senhor/
- Graças a Deus
Salmo 23 (24)

- Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável. 

R: É assim a geração dos que procuram o Senhor!

- "Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?" "Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime.
R: É assim a geração dos que procuram o Senhor!

- Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador". "É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face". 

R: É assim a geração dos que procuram o Senhor!
Segunda leitura: João 3, 1-3
Leitura da primeira carta de São João:

Caríssimos, 1vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. 2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. 3Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 5, 1-12
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Vinde a mim, todos vós que estais cansados e penais a carregar pesado fardo, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11, 28)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:

Naquele tempo: 1Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los: 3'Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor