domingo, 29 de dezembro de 2013

Comunidades Eclesiais de Base preparam-se para 13º Intereclesial

Com a finalidade de partilhar as experiências e reflexões das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) do Brasil, nasceram, na década de 70, os Intereclesiais.  A 13ª edição do encontro será de 7 a 11 de janeiro de 2014, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará. O evento terá como tema “Justiça e profecia a serviço da vida” e lema, “Romeiras do Reino no campo e na cidade”. A expectativa é de que 4 mil pessoas, representando as comunidades de todo o Brasil e de vários continentes, participem do encontro.

De acordo com o bispo da diocese de Crato (CE), dom Fernando Panico, várias paróquias e comunidades já estão envolvidas na preparação do evento. “Temos certeza de que toda a fase de preparação é para a diocese de Crato uma grande benção. Podemos constatar todo o movimento nas nossas comunidades que estão se organizando para acolher os delegados”, disse o bispo.
A programação baseia-se no método “Ver”, “Julgar” e “Agir”. Na ocasião, haverá visitas às paróquias e comunidades, testemunhos de luta, desafios e esperança, momentos de celebrações, oficinas e plenárias, que contarão com a participação de diversos assessores nacionais, além de uma Feira de Economia Solidária e Comércio Justo.
As CEBs, por meio dos Intereclesiais, mantêm o elo entre as comunidades do Brasil. Trata-se de um momento para reafirmar o papel das CEBs dentro da Igreja, que define sua importância como propulsora de mudanças em diversas realidades brasileiras.
fonte: CNBB

DOMINGO DA SAGRADA FAMÍLIA
     

Maria, mãe de Jesus, a Vós dirijo,
com profunda fé e grande devoção, a minha súplica:
abençoai meu marido, meus filhos e alcançai
para eles a proteção dos Santos.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós.
São José, pai adotivo, rogai por nós.
Santo Anjo da Guarda, rogai por nós.
Santa Maria Madalena, rogai por nós.
Santo Agostinho, rogai por nós.
Santa Mônica, rogai por nós.
Todos os Santos e Santas do céu, rogai por nós.
Virgem Santíssima, dai a toda minha família paz,
harmonia, amizade, amor, alegria,
saúde e coragem nas provações.
De coração Vos peço esta graça;
e tenho certeza de alcançá-la,
por Vossa intercessão e pelo poder de
Vosso Divino Filho, Jesus Cristo.
Amém.
Maria, mãe de Jesus, a Vós dirijo,
com profunda fé e grande devoção, a minha súplica:
abençoai meu marido, meus filhos e alcançai
para eles a proteção dos Santos.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós.
São José, pai adotivo, rogai por nós.
Santo Anjo da Guarda, rogai por nós.
Santa Maria Madalena, rogai por nós.
Santo Agostinho, rogai por nós.
Santa Mônica, rogai por nós.
Todos os Santos e Santas do céu, rogai por nós.
Virgem Santíssima, dai a toda minha família paz,
harmonia, amizade, amor, alegria,
saúde e coragem nas provações.
De coração Vos peço esta graça;
e tenho certeza de alcançá-la,
por Vossa intercessão e pelo poder de
Vosso Divino Filho, Jesus Cristo.
Amém.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013


OS SÍMBOLOS DO NATAL

O homem não vive sem sinais e símbolos.
Seu pensar, seu conhecer, seu expressar o real e o espiritual é realizado através de símbolos. Ele transforma tudo em símbolos para ser entendido pelos outros. Assim a língua falada e escrita e as artes nas suas diversas expressões (pintura, escultura, música, dança ...) são os símbolos mais comuns.

O homem se expressa simbolicamente também através da fé e da cultura, e o natal é uma expressão de fé e de cultura.

Conheça melhor a grandeza dos significados dos símbolos do Natal:

Árvore de Natal: 

No mundo, milhões de famílias celebram o Natal ao redor de uma árvore. A árvore, símbolo da vida, é uma tradição mais antiga do que o próprio Cristianismo, e não é exclusiva de uma só religião.

Muito antes de existir o Natal , os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano em dezembro como um símbolo de triunfo da vida sobre a morte.

Já o costume de ornamentar a árvore pode ter surgido do hábito que os druidas tinham de decorar velhos carvalhos com maçãs douradas para as festividades deste mesmo dia do ano.A primeira referência a uma " Árvore de Natal" é do século XVI. Na Alemanha, famílias ricas e pobres decoravam árvores com papel colorido, frutas e doces. Esta tradição se espalhou pela Europa e chegou aos Estados Unidos pelos colonizadores alemães. Logo, a árvore de Natal passou a ser popular em todo mundo.

Pinheiro

É a única árvore que não perde suas folhas durante o ano todo. Permanece sempre viva e verde.
Foi usado pela primeira vez pela rainha da Inglaterra Elizabete e por ocasião do dia 25 de Dezembro , quando oferecia uma grande festa e recebia muitos presentes .

Não podendo recebê-los todos pessoalmente pediu que fossem depositados em baixo de uma árvore no jardim.

Origina-se daí, igualmente, o costume depositar os presentes em baixo da árvore.
Árvore verde também trás a esperança , a alegria e a vida nova .
O verde constante do pinheiro, a vida permanente e plena que Jesus Cristo aparece.

Bolas coloridas que enfeitam as árvores.

Simbolizam os frutos da "árvore vida" ou seja, Jesus Cristo.

O Presépio:

Um dos símbolos mais comuns no Natal dos países
católicos é a reprodução do cenário onde Jesus Cristo nasceu: uma manjedoura, animais, pastores, os três reis magos, Maria, José e o Menino Jesus.

O costume de montar presépios surgiu com São Francisco de Assis, que pediu a um homem chamado Giovanni Villita que criasse o primeiro presépio para visualizar, sensibilizar, facilitar a meditação da mensagem evangélica, do, conteúdo, do mistério de Jesus Cristo que nasce na pobreza, na simplicidade.

São Francisco, então, celebrou uma missa em frente deste presépio, inspirando devoção a todos que o assistiam.

Papai Noel:


Ele foi inspirado no bispo Nicolau, que viveu e pontificou na cidade de Myra, Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos.

Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo. Nos Estados Unidos, a tradição do velhinho de barba comprida e roupas vermelhas que anda num trenó puxado por renas ganhou força.A figura do Papai Noel que conhecemos hoje foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper's Weeklys, em 1881.

O cartão de Natal:

A prática de enviar cartões de Natal surgiu na Inglaterra no ano de 1843. Em 1849 os primeiros cartões populares de Natal começaram a ser vendidos por um artista inglês chamado William Egly.
Independentemente da sofisticação, beleza e simplicidade, os cartões são símbolos do inter-relacionamento do homem. O ser humano é comunicação, é relacionamento. A dimensão dialogal, de comunhão, de empatia vem expresso pela palavra escrita. Ao falarmos em palavra, nos vem à mente o prólogo do evangelho de São João: Cristo é o Verbo, a Palavra criadora, unificadora e salvadora de Deus (Jo 1,1-5).

Os presentes:
Existem muitas origens para este símbolo. Uma delas conta que São Nicolau, um anônimo benfeitor, presenteava as pessoas no período natalino. Outra tradição mais antiga, lembra os três reis magos que presentearam Jesus. O dia e o motivo de dar e receber presentes varia de país para país.
A origem dos presentes por ocasião do final do ano tem origem pagã e que a tradição cristã foi aos poucos assimilando.

Os romanos, há mais de 1500 anos, tinham o costume de enviar presentes aos amigos no início do ano novo. Tal hábito coincidia aos festejos ao deus Janus (um deus bifronte, que olhava para o ano que terminava e para o que começava) e, talvez as origens do nosso reveillon e outras comemorações de fim de ano. Esta festa complementava a festa do sol (25 de dezembro).

Com o crescimento do cristianismo essas festas foram ganhando sentido cristão: Cristo é o Sol que ilumina o caminho dos homens; Ele é o Senhor da História; é o grande presente de Deus à humanidade.

Dar presente é uma maneira muito palpável de demonstrar a solidariedade e bondade humana em dar sem interesse de receber. É vivenciar de maneira simples e ínfima a imensa e infinita bondade de Deus. 

Canções de Natal:


A Igreja católica sempre deu muita importância para o valor da música. As primeiras canções natalinas datam
do século IV e são cantadas até hoje na véspera de Natal.

A Comida:

O Natal significa comida na maior parte do mundo cristão. O simbolismo que o alimento tem na mesa no dia de Natal vem das sociedades antigas que passavam muita fome e encontravam em algum tipo de carne - o mais importante prato - uma forma de referenciar à Deus e à Jesus. Geralmente era servido porco, ganso - mais tarde substituído por peru, e peixe. Uma série de bolos e massas são preparados somente para o Natal e são conhecidos por todo mundo.

A ESTRELA


A estrela na sociedade humana esteve sempre ligada como "bússolas naturais" das pessoas. Hoje os aparelhos de navegação evoluíram de tal forma que as estrelas se tornaram apenas ornamentos no céu, objeto de estudo. Contudo durante milhares de anos eram elas as responsáveis em guiar os navegadores pelos mares e os viajantes pelos desertos. Eram elas que indicavam a direção, o sentido, o porto seguro.

A estrela guiou os três reis magros Baltazar, Gaspar, Melchíor - desde o oriente até local onde nasceu Jesus para que pudessem presentea-lo com ouro, incenso e mirra , é lembrada hoje pelo enfeite que é colocado no topo da árvore de Natal. E Jesus Cristo é a Estrela Guia da humanidade. Ele é o caminho, o Sentido, a Verdade e a Vida.

OS MAGOS

"Eis que uns magos chegaram do Oriente a Jerusalém perguntando: 'onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer? ... viemos adorá-lo, '... Eis que a estrela que tinham visto no Oriente, ia-lhes à frente até parar sobre o lugar onde estava o menino ... e o adoraram. Abriram seus cofres e lhe ofereceram ouro, incenso e mirra"(Mt 2,1-12).

Não eram reis e sim sábios, estudiosos, mas o que isto importa? A mensagem é mais forte que esse detalhe. Esta narração tão plástica e viva, enriquecida posteriormente com aspectos lendários, como o nome dos três (Melchior, Gaspar e Baltazar), traz duas grandes mensagens teológicas:

- Cristo não veio apenas para os Judeus, mas para redimir toda a humanidade, Ele é o polo para o qual convergem todas as raças.

- A segunda grande mensagem está relacionada aos presentes oferecidos pelos magos: ouro, incenso e mirra. O evangelista Mateus expressa por esses símbolos a fé vivenciada pelos primeiros cristãos: Cristo é Rei dos Reis (daí o ouro), é filho Deus (o incenso) encarnado (a mirra).

A VELA 
Por milhares de anos, até a descoberta da energia elétrica há 100 anos, a vela, a lamparina ou lampião a óleo, as tochas foram as fontes de luz nas trevas noturnas. A minúscula chama afugentava as trevas, a escuridão dando segurança e calor. Por isso na antigüidade alguns povos chegaram a cultuar o fogo como divindade. Jesus Cristo é a luz que ilumina nosso caminho: "Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8,12). E "vós sois a luz do mundo ... não se acende uma candeia para se pôr debaixo de uma vasilha, mas num candelabro para que ilumine todos os da casa. É assim que deve brilha vossa luz" (MT 5,14-16).

FELIZ NATAL A TODOS

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013


"Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres."
Ouvindo as palavras alegres de saudação enviadas pelo arcanjo Gabriel à Virgem Santíssima, eu gostaria de chamar a atenção de todos para a dimensão extraordinária do mistério da vida de Maria. É um momento em que o homem se abre para a ação de Deus e a experiência da Sua proximidade em sua vida.
Neste tempo do Advento, acompanhamos de perto os episódios da vida de Maria. Celebramos suas festas: Imaculada Conceição, Nossa Senhora de Loreto, Nossa Senhora de Guadalupe, esta padroeira da América Latina e Imperatriz da América.
A expressão "cheia de graça" indica a ação específica de Deus, que transforma Maria pela graça e faz dela agradável e preparada para os seus planos. Graça é, aqui, o amor e a bondade de Deus a Maria e através dela a cada um de nós. O Beato Papa João Paulo II em sua Encíclica dedicada à Mãe do Redentor (Redemptoris Mater) enfatizou que Deus deu a Maria a plenitude da graça por causa do amor pela humanidade mergulhada no pecado, para o qual ela tinha que levar o Salvador: "Se a saudação e o nome "cheia de graça" dizem que tudo isso está no contexto da Anunciação do anjo eles se relacionam principalmente com a eleição de Maria como Mãe do Filho de Deus. Simultaneamente, plenitude de graça indica todo o dom sobrenatural de Maria, que está relacionado com o fato de ter sido escolhida e destinada a ser a Mãe de Cristo"(RM 9). A graça é um dom de Deus que Ele dá a Maria com amor por causa de seu Filho amado.
"Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres" (Lc 1,28). Durante a Anunciação do Anjo do Senhor, não só revelou a bondade especial de Deus por Maria, mas também anunciou um presente de amizade e intimidade com Deus, nas palavras: "O Senhor está com você." Este dom expressa a presença de Deus na vida de Maria, em seus pensamentos, desejos e ações.
O dom da presença de Deus em sua vida recebeu o povo escolhido do Antigo Testamento para ser capaz de realizar tarefas difíceis e importantes. Garantir a presença de Deus na vida, como foi a dos patriarcas Abraão, Jacó e Moisés, e dos profetas, Elias, Isaías e Ezequiel. Maria goza da presença do Senhor em sua vida como os profetas da Antiga Aliança. Mais, ela traz o Filho de Deus ao mundo. A presença de Deus em sua vida tornou-se para ela uma fonte de força, coragem e alegria.
A proximidade de Deus na vida de Maria acrescentou coragem de aceitar a Sua vontade para ser a Mãe do Seu Filho. A certeza do Anjo expressa nas palavras: "O Senhor está com você", foi a confirmação de que Deus não abandona o homem a si mesmo, quando Ele confia de seu mensageiro cumprir a tarefa de dizer a Maria: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus"(Lc 1,30). Só Deus pode proteger e assegurar o futuro do ser humano. Onde Deus está presente, uma pessoa não tem que ter medo do mal. Maria aceita o mistério de ser a Mãe do Filho de Deus, e tornou-se testemunho da proximidade de Deus na vida humana.
Após a saudação, mostra um anjo consolador e, em seguida, diz a Maria: "Eis que conceberá e dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo" (Lc 1,30-32). Anunciação é a manifestação do mistério da Encarnação ao mundo. Representa o início do comunicar-se salvífico de Deus para o homem e toda a sua criação. Quanto à graça de Deus dada ao homem, o Papa João Paulo II, em sua Encíclica Redemptoris Mater, sublinha: "Maria é a cheia de graça, porque a Encarnação do Verbo, na união hipostática do Filho de Deus com a natureza humana, se realiza e se cumpre" (RM 9).
Maria, através do poder do Espírito Santo, que é a promessa e dom do Pai, tornou-se a Mãe do Filho de Deus. Ela tem um amor especial de Deus, mas também corresponde à proposta de um fiat maduro a Deus. A Santíssima Virgem dá-nos hoje uma mensagem especial de apoio, que Deus concede tudo pronto se você concorda em aceitar a Sua vontade. É uma testemunha, como Deus chama as pessoas fracas e frágeis para perseguir grandes planos, como o poder do Espírito Santo faz grandes coisas, permitindo assim um homem simples para levar uma grande missão ao mundo.
Nossa Senhora, que recordamos neste abençoado tempo litúrgico, é um grande poder de Deus, que fala de pessoas pobres. Ela ensina a conversa humilde e confiante com Deus e encoraja a aceitação da Sua vontade. É acontecimento salvífico, que também nos ajuda a reconhecer a presença de Deus e a responder o fiat maduro sobre a sua proposta. Recorda que Deus apoia a sua graça a cada homem que executa a sua vontade, dá-lhe a sua proximidade e intimidade; enche o coração de alegria e amor. Fazer a vontade de Deus e encontrar-se com a Sua proximidade: eis passos importantes neste tempo do Advento que Maria nos sinaliza!
Maria é a única pessoa livre tanto do pecado original como de qualquer pecado pessoal. Na saudação de Maria, o anjo não usa o nome dela, mas a chama de "cheia de graça". A Igreja reconhece que Maria, como Mãe de Deus, foi de uma maneira especial dotada desde o momento da concepção, unida a Ele pela graça.
Este fiat de Maria leva-nos a mostrar como ela se coloca totalmente disponível a fazer a vontade do Senhor. Façamos um paralelo do SIM de Maria com o chamado que Deus apresenta para nós no plano do seu Reino. Também nós devemos dar nossa resposta generosa de entrega total nas mãos de Deus. O Sim de Maria Santíssima se efetivou em cada momento de sua vida, não apenas naquele momento da visita do anjo. Portanto, todos os batizados são chamados a efetivar seu SIM por toda a vida como Maria, entregando-se a Deus. Eis um belo compromisso neste tempo de preparação para o Natal!
Maria abraçou o plano eterno de amor de Deus. Este abraço pleno se estende quando Maria vai até sua prima Isabel em forma de serviço: presença deste plano de amor do Pai. Em cada momento vemos Maria guiada pelo amor. E no madeiro da cruz, quando Jesus a oferece como nossa Mãe, ela aí está intercedendo por nós junto ao seu Filho amado.
Maria foi descobrindo o plano de Deus ao longo de sua vida. Sempre se colocou como a mulher que está a serviço de Deus. Por isso, descobre a cada instante o plano de Deus a seu respeito e dá sua resposta generosa, resposta de amor.
Que a Virgem Maria nos ensine a viver este tempo de preparação próxima para o Natal com a mesma disponibilidade e fé.
FONTE: CNBB
Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

12 DE DEZEMBRO 
FESTA DE 
NOSSA SENHORA DE GUADALUPE
Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).
Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo e lhe pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.
O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Isso ocorreu quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio doente:“Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita…”
O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.
Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado o porquê”. Diante de tudo isso muitos se converteram e o santuário foi construído.
O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.
No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.
Declarou o Papa Bento XIV, em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”.
Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945.
No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou a Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira.
Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!
FONTE: cançãonova.com